Carta MCC Brasil – Novembro 2013 (171ª.)
“Fala a toda a comunidade dos israelitas e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,1; 11,45; cf 1Pd 1,16). Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 11, 15-16). “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como podem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou” (1Cor 15,12-13ss.).
Amados e amadas no Senhor Jesus, o Santo de Deus, Ressuscitado dentre os mortos, Vivo entre nós e garante de nossa ressurreição:
No mês de novembro encontramo-nos diante de três preciosas fontes para nossa reflexão: a celebração de Todos os Santos (na Igreja do Brasil, no domingo, dia 03/11); a celebração dos Fieis Defuntos (dia 02/11); a celebração de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo (dia 24/11) e, no mesmo dia, o Domingo do Leigo e da Leiga. Por óbvia limitação de espaço, restrinjamos nossas reflexões em torno das duas primeiras fontes, uma vez que a vocação e missão do Leigo e da Leiga foram já sobejamente estudados, sobretudo depois do Concílio Vaticano II e, seguidamente, no Movimento de Cursilhos.
1. A santidade dos que nos precederam na fé. Santos e santas são todos os que – conhecidos ou desconhecidos, elevados ou não à honra dos altares –, precedendo-nos no caminho do seguimento de Jesus, viveram intensamente a espiritualidade da experiência de Deus em todos os momentos de sua vida. Alguns o fizeram de maneira heróica, contrariando todos os critérios e valores de um mundo distante do projeto de Deus. Muitos o fizeram na vida normal de convivência social, familiar ou profissional. Outros, consagrados e consagradas pelos votos evangélicos, acrisolaram sua experiência de Deus no silêncio dos mosteiros e conventos. Entretanto, todos se distinguiram por caminhar nos passos de Jesus, visando construir o Reino de Deus, cada um em sua realidade, ou seja, o reino de justiça, de solidariedade, de amor, de fraternidade, de perdão e de paz. E foi essa experiência de Deus que, traduzida na prática diária, os levou à santidade. Quanto mais profundamente fizeram a experiência de Deus traduzindo-a em obras, tanto mais notáveis santos se tornaram!
Para a santidade somos todos vocacionados. De fato, essa é a nossa vocação fundamental. Isso é confirmado tanto pelos textos bíblicos do Antigo Testamento, desde o Levítico, como, de maneira tão enfática, pelas repetidas promessa de Jesus e pelas afirmações do Apóstolo Paulo aos Coríntios. Desde criancinha, passando por um seminário e, até, pela vida consagrada num mosteiro beneditino, eu ouvia que para ser santo é “preciso imitar os santos”. E se apresentavam as figuras de inúmeros santos e santas canonizados pela Igreja. Mais tarde acabei por convencer-me de que o único ponto em que posso imitar um santo – seja ele qual for – é fazendo a experiência de Deus na minha vida. Pois cada seguidor do caminho de Jesus tem seu jeito de fazer essa experiência e vivendo num determinado tempo vai concretizá-la no seu dia a dia. O nosso tempo – inícios do século XXI – já não é o tempo de São Francisco de Assis, de Santa Teresa ou de São Bento. A experiência de Deus – como toda e qualquer experiência íntima – cada um e cada uma a faz pessoalmente. Se o exercício dessa maravilhosa experiência é comum a todos os santos que nos precederam, o traduzi-la na prática é singularmente diferente. De fato, podemos estar rodeados de santos: homens e mulheres, jovens e adultos, gente como a gente, que se consagrou a Deus ou constituiu família, que vai ao cinema, ouve música, ri, passeia... e acha tempo para rezar... Afinal, nós temos que ser santos e o seremos dentro das nossas circunstâncias ordinárias de vida. Ao referir-me à experiência de Deus na vida de cada dia de um seguidor de Cristo, parece-me oportuno lembrar que a essa experiência damos o nome de “espiritualidade”. Conceito esse que, na maioria das vezes ainda é confundido com somente dedicar tempo à oração, a exercícios de piedade, etc., quando, de fato, a espiritualidade é muito mais abrangente do que normalmente a entendemos. Ajuda-nos a bem entender sua dimensão um texto do conhecido Bispo D. Pedro Casaldáliga, lembrando que nossa espiritualidade é uma “espiritualidade cristã”: “À luz da fé cristã (há fé religiosa quíchua, fé religiosa islâmica, fé religiosa hindu) nós descobrimos a presença de Deus no cosmo, na vida humana e na história como amor gratuito e salvação precisamente porque Jesus, Filho de Deus e filho de Maria de Nazaré, com sua palavra, atividade, morte e ressurreição, nos faz entrar vitalmente nessa descoberta. A partir desse encontro de fé, nossa espiritualidade só pode ser “religiosa” (como voltada para o Deus vivo, revelado por Jesus) e “cristã” mesmo (como seguimento do próprio Jesus). O Deus de Jesus é o nosso Deus. Ele é a profundidade máxima de nossa vida. A causa de Jesus é a nossa causa.Nosso viver é o Cristo (Fl 1,21). Ele é nossa paixão e seu Espírito é nossa espiritualidade”.[1]
2. Celebração dos Fiéis Defuntos: Entre tantos outros, podemos dirigir nossa reflexão para dois aspectos no dia que lembramos os Fiéis Defuntos: parentes, familiares, amigos, conhecidos e os inúmeros seres humanos que, durante este ano, deixaram a vida presente.
2.1. O primeiro aspecto é a saudade. Sofremos com a perda de tantos entes queridos. Lembranças boas ou não; tantos momentos de convivência durante a vida; enfim, por tudo isso dedicamos esse dia aos que nos precederam: visitas a seus túmulos, flores, velas acesas, lágrimas, orações... Um ou outro, até, pode estar derramando algumas lágrimas, não de saudade, mas de uma espécie de arrependimento, agora tardio, por ofensas, inimizades, injustiças e outras mesquinharias acontecidas enquanto ainda vivo o falecido! Tais manifestações não são somente legítimas, mas até necessárias para acalmar o nosso coração e aliviar nossa saudade.
2.2. O segundo é a nossa própria ressurreição que alimenta a nossa fé e esperança. Esse aspecto é característico para nós, cristãos, que alimentamos a nossa fé com as palavras e as promessas de Jesus, umas poucas citadas acima. Além das palavras acima citadas sobre a nossa própria ressurreição dirigidas aos Coríntios, São Paulo lembra o nosso destino final também ao discípulo Timóteo: “É digna de fé esta palavra: se já morremos com ELE, também com ELE viveremos...” (2ª.Tm 2, 11-13). É esta a razão mais profunda de nossa fé na nossa ressurreição. E, consequentemente, a razão de nossa esperança que não reside em meras promessas de futuras reencarnações e, muito menos, na visão dos espíritos daqueles que já morreram. São algumas propostas mais de caráter emocional ou sentimental, do que nascidas da fé em Jesus. Aliás, quantos são os católicos que, ao recitar o Credo, de manhã dizem “...creio na ressurreição dos mortos” e, à tarde, estão em outros locais para ouvir que vão se reencarnar ou à espera de que os espíritos lhes apareçam! Não é verdade, meu irmão, minha irmã, que você até já leu no Evangelho de S.João o que Jesus diz a Marta e que, hoje, está dizendo também a você: Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê e, mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” (Jo 11, 25-26).
Para terminar nossa reflexão para este mês de novembro, mesmo sabendo que você vai procurar o texto nas Cartas de Paulo, não resisto ao desejo de transcrever, até para facilitar sua reflexão, uma palavra definitiva dele sobre a ressurreição dos mortos: “E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé. Se os mortos não ressuscitam, estaríamos testemunhando contra Deus que ele ressuscitou Cristo, enquanto, de fato, ele não o teria ressuscitado. Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. Então, também pereceram os que morreram em Cristo. Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, somos, dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão” (1Cor 15,14-19).
Meu carinhoso abraço fraterno,
Pe.José Gilberto BERALDO
Equipe Sacerdotal GEN – MCC Brasil
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Carta Padre Beraldo do mês de novembro de 2013
O adolescente que “emprestou o seu anjo da guarda” ao Papa Francisco.
Da alma
de Nicolás Marasco brotaram as palavras que nunca foi capaz de pronunciar. Com
o olhar, transmitiu aos seus pais o que passava em seu coração. E um papel em
branco foi se povoando de letras, bons desejos e uma história que o mundo
conheceria.
O texto, apontado por Marisa e Fernando, dizia:
“Querido Francisco, sou Nicolás e tenho 16 anos. Como
não posso escrever (porque ainda não falo nem caminho), pedi aos meus pais que
o fizessem no meu lugar, porque eles são as pessoas que mais me conhecem.
Quero te contar que quando tinha seis anos, no meu colégio,
que se chama AEDIN (Associação em Defesa da Criança Neurológica), o padre Pablo
me deu a primeira comunhão, e este ano, em novembro, serei crismado, algo que
me dá muita alegria.
Todas as noites, desde que me pediste, peço ao meu anjo da
guarda – que se chama Eusebio e tem muita paciência – que te cuide e te ajude.
Podes estar certo de que o faz muito bem, porque me cuida e me acompanha todos
os dias. Ah, e quando não tenho sono… vem brincar comigo.
Gostaria muito de vê-lo e receber tua bênção e um beijo: só
isso! Mando-te muitas saudações e continuo pedindo ao Eusebio que te cuide e te
dê força. Beijos, Nico.”
Francisco
ficou impressionado. Contaram-lhe que o rapaz de Buenos Aires sofria de uma
encefalopatia crônica não evolutiva, mas que ia a uma escola em Colegiales e
conseguia comunicar-se com seus pais, muitas vezes às gargalhadas.
No
dia 04 de outubro passado, à multidão que o escutava no túmulo de São Francisco
de Assis, o santo inspirador de seu papado, o Papa contou sua história e
considerou que “nesta carta, no coração deste rapaz, estão a beleza, o amor, a
poesia de Deus. Deus que se revela a quem tem o coração simples, aos pequenos,
aos humildes, a quem muitas vezes nós consideramos os últimos”.
Francisco
ressaltou também que foi uma das cartas mais emotivas que havia recebido desde
que chegou a Roma.
Três
dias depois, Nico – que nasceu prematuro e sofre sequelas de um AVC – recebeu
uma resposta manuscrita de Francisco, o Papa que responde às mensagens que o
comovem:
“Querido Nicolás, muito obrigado por tua carta. Muito
obrigado por rezar por mim. Com tua oração, tu me ajudas no meu trabalho, que é
levar todas as pessoas a Jesus. Por isso, querido Nicolás, tu és importante
para mim.
E quero te pedir, por favor, que me continues ajudando com
tua oração e também pedindo a Eusebio, que com certeza é amigo do meu anjo da
guarda, que também cuide de mim.
Nicolás, obrigado por tua ajuda. Rezo por ti. Que Jesus te
abençoe e a Virgem Santa te cuide. Afetuosamente, com minha bênção, Francisco.”
Nico
emprestou seu anjo ao Papa e no domingo à tarde, em Colegiales, recebeu o
sacramento cristão da Confirmação, junto com outros 16 colegas da escola.
De
Roma, o Papa o abençoou novamente, graças a um emissário sensível que o colocou
a par do acontecimento. Além disso, levou-lhe um quadro com as fotos de todos
os jovens que neste domingo foram crismados.
Marisa
Mariani, a mãe de Nico, festejou à noite: “Com o que aconteceu conosco, nos
damos conta da importância das coisas simples, uma palavra de alento, alguém
que ouve, alguém que não vira o rosto para o outro lado, como às vezes acontece
conosco na rua”.
Não
há registro de onde “Eusebio”, o anjo guardião que o Papa pediu emprestado por
um momento, andava no domingo. Suspeita-se que passou por Colegiales.
Fonte:
Religión Digital. A tradução: André Langer.
Link
deste artigo:
http://www.espacojames.com.br/?cat=41&id=11692
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Carta do mês de outubro de 2013
Carta MCC Brasil – Outubro 2013 (170ª.)
“Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus.
Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus:
Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens” (Lc 1, 1-3).
Muito queridos irmãos e irmãs, chamados que somos todos para a missão de anunciar o Reino de Deus:
À luz da fé, com a graça da ternura do Pai, a presença amorosa do Filho e a fortaleza sempre presente do Espírito Santo, chegamos à nossa centésima septuagésima Carta mensal para o Movimento de Cursilhos do Brasil e, por extensão, para os que benevolamente se interessam por estas reflexões brotadas da Palavra de Deus. Quando, em setembro de 1999, comecei a escrever as Cartas tinha por objetivo propor ao MCC do Brasil elementos que pudessem ajudar no aprofundamento da fé. Logo, porém, descobri que se não me ancorasse na Palavra, isto é, no próprio Jesus, eu estaria discursando em vão... Então, as Cartas passaram a ter um conteúdo bíblico, de interesse não apenas do MCC, mas também de muitos outros leitores e leitoras. Graças a Deus![1]
Graças à Providência divina, esta Carta lhes é enviada com a intenção de servir para algumas reflexões neste mês de outubro, tradicionalmente proclamado como o Mês das Missões. Assim, como de costume, tentaremos fazer com que essas reflexões brotem da Palavra de Deus, começando pelo testemunho do próprio Jesus que leva consigo os “doze e algumas mulheres” - ou seja, a sua primeira família missionaria - passando pela vocação missionária de cada um dos seus seguidores e pela característica fundamental da Igreja, que é, precisamente, ser evangelizadora.
1. Jesus: o missionário do Pai. Lembra o evangelista Lucas que “Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus”. Para essa proclamação e para esse anúncio é que Jesus foi enviado como sendo a Palavra do Pai: “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai, como filho único, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).
2. Os primeiros chamados e enviados para a missão. Tendo chamado pelo nome a cada um e a cada uma que ele desejava como seguidores e continuadores de sua missão, Jesus constitui com eles uma nova família: a família dos filhos e filhas de Deus, família essencialmente missionária. Como que para um “treinamento”, Jesus os leva consigo para “percorrer aldeias e povoados”. Aldeias e povoados que são hoje, como repete o Papa Francisco, as “periferias existenciais”. E lembra Paulo VI: “Se há homens que proclamam no mundo o Evangelho da salvação, fazem-no por ordem, em nome e com a graça de Cristo Salvador. 'E como podem pregar, se não forem enviados? escrevia aquele que foi, sem dúvida alguma, um dos maiores evangelizadores. Ninguém, pois, pode fazer isso se não for enviado”.[2]
3. Todo seguidor de Jesus deve trazer em si o DNA dEle. O DNA é umcomposto orgânico que revela com segurança a ascendência de todos os seres vivos, particularmente a do ser humano. Na ascendência, ou seja no DNA de todo aquele que decidiu seguir radicalmente Jesus, dever-se-ia encontrar o DNA evangelizador. É isto que, em outras palavras, diz o Papa Paulo VI: “Finalmente, aquele que foi evangelizado, por sua vez, evangeliza. Está nisso o teste de verdade, a pedra-de-toque da evangelização: não se pode conceber uma pessoa que tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao reino sem se tornar alguém que testemunha e, por seu turno, anuncia essa Palavra”[3].
4. Evangelizar: essência da Comunidade eclesial. Ainda que muitos dos meus queridos leitores possam saber de cor o que diz o Papa Paulo VI naquele documento - talvez o mais importante do século passado sobre a Evangelização, a “Evangelii Nuntiandi” - penso valer a pena repeti-lo para que, neste mês das Missões, dediquemos um tempo significativo à sua reflexão, seja pessoal seja em comunidade (dias de estudo, retiros, sessões da Escola, etc.: “A Igreja sabe-o bem, ela tem consciência viva de que a palavra do Salvador, 'Eu devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus', se lhe aplica com toda a verdade. Assim, ela acrescenta de bom grado com São Paulo: 'Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho'. Foi com alegria e reconforto que nós ouvimos, no final da grande assembléia de outubro de 1974, estas luminosas palavras: 'Nós queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja';tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição”[4].
5. O clamor do Papa Francisco. Desde o primeiro momento de sua eleição, o nosso já tão querido Papa Francisco vem insistindo na vocação missionária da Igreja utilizando insistentemente o verbo “sair!”. Permitam-me citar aqui uma pequena parte do discurso por ele dirigido aos participantes de um Encontro de Movimentos Eclesiais: “A Igreja deve sair de si mesma. Para onde? Para as periferias existenciais, sejam eles quais forem…, mas sair. Jesus diz-nos: «Ide pelo mundo inteiro! Ide! Pregai! Dai testemunho do Evangelho!» (cf. Mc 16, 15). Entretanto que acontece quando alguém sai de si mesmo? Pode suceder aquilo a que estão sujeitos quantos saem de casa e vão pela estrada: um acidente. Mas eu digo-vos: Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada, caída num acidente, que uma Igreja doente por fechamento! Ide para fora, saí! Pensai também nisto que diz o Apocalipse (é uma coisa linda!): Jesus está à porta e chama, chama para entrar no nosso coração (cf. Ap 3, 20). Este é o sentido do Apocalipse. Mas fazei a vós mesmos esta pergunta: Quantas vezes Jesus está dentro e bate à porta para sair, ir para fora, mas não O deixamos sair, por causa das nossas seguranças, por estarmos muitas vezes fechados em estruturas caducas, que servem apenas para nos tornar escravos, e não filhos de Deus que são livres? Nesta «saída», é importante ir ao encontro de…; esta palavra, para mim, é muito importante: o encontro com os outros. Porquê? Porque a fé é um encontro com Jesus, e nós devemos fazer o mesmo que Jesus: encontrar os outros. Vivemos numa cultura do desencontro, uma cultura da fragmentação, uma cultura na qual o que não me serve deito fora, a cultura das escórias. A propósito, convido-vos a pensar – e é parte da crise – nos idosos, que são a sabedoria de um povo, nas crianças... a cultura das escórias. Nós, pelo contrário, devemos ir ao encontro e devemos criar, com a nossa fé, uma «cultura do encontro», uma cultura da amizade, uma cultura onde encontramos irmãos, onde podemos conversar mesmo com aqueles que pensam diversamente de nós, mesmo com quantos possuem outra crença, que não têm a mesma fé. Todos têm algo em comum conosco: são imagens de Deus, são filhos de Deus. Ir ao encontro de todos, sem negociar a nossa filiação eclesial”.[5]
Pensando ter contribuído ainda que de maneira tão limitada para o amadurecimento de nossa vocação missionária e que a todos nós nos leve a um compromisso efetivo com o chamado do Senhor para trabalhar na messe, invoco a Maria, primeira discípula missionaria, para que sempre venha caminhar conosco, sobretudo neste Mês das Missões.
Com carinho, meu abraço fraterno,
Pe. José Gilberto BERALDO
Equipe Sacerdotal do GEN
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Carta do mês de setembro de 2013
Carta MCC Brasil – Setembro 2013 (169ª.)
Carta MCC Brasil – Setembro 2013 (169ª.)
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida e a vida era a luz dos homens. E a luz brilhava nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la... Esta era a luz verdadeira que, vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram” (Jo 1, 1-5; 9-11).
Muito amados irmãos e irmãs unidos na mesma fé na Palavra do Pai, o Senhor Jesus:
Impossível, neste mês de setembro, mês da Bíblia ou mês da Palavra de Deus, não trazer à nossa reflexão o início do Prólogo do Evangelho de São João que, na Exortação Apostólica Verbum Domini (VD), Bento XVI afirma “tratar-se de um texto admirável, que dá uma síntese de toda a fé cristã”.[1] Apesar de minhas naturais limitações, é neste luminoso pano de fundo, que tentarei oferecer aos queridos leitores alguns pontos que, eventualmente, poderão ajudá-los na caminhada deste mês ouvindo, dia e noite, em todos os momentos, o eco da Palavra e dela – pois é ela o próprio Jesus – seguindo os passos.
1. Jesus, Palavra do Pai tornada carne. Nossa tradição religiosa cultural, familiar ou pela instrução recebida no catecismo, via de regra, apresentam-nos a pessoa de Jesus como o Filho de Deus, o Messias, o Salvador, o Mestre, etc. Evidentemente cremos nestas afirmações dogmáticas que sustentam nossa fé cristã. Entretanto, progredindo no itinerário dessa mesma fé, passamos dessas um tanto frias considerações doutrinais e teológicas sobre Jesus, para a terna intimidade do diálogo pessoal, por ser Jesus a Palavra do Pai que conosco se comunica permitindo-nos responder-lhe dentro dos limites de nossas limitações humanas. Na VD lemos que “A tradição patrística e medieval, contemplando esta “Cristologia da Palavra”, utilizou uma sugestiva expressão: O Verbo abreviou-Se. Na sua tradução grega do Antigo Testamento, os Padres da Igreja encontravam uma frase do profeta Isaías – que o próprio São Paulo cita – para mostrar como os caminhos novos de Deus estivessem já preanunciados no Antigo Testamento. Eis a frase: “O Senhor compendiou a sua Palavra, abreviou-a” (Is 10, 23; Rm 9, 28). (…) O próprio Filho é a Palavra, é o Logos: a Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-Se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós”. Desde então a Palavra já não é apenas audível, não possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré”[2].
Proposta: durante este mês repensar a prática de nossa fé em Jesus, tentando superar uma visão meramente doutrinário-dogmática, para chegar, pelo diálogo, à intimidade com Jesus-Palavra do Pai. Lembremo-nos sempre de que“a Palavra veio para o que era seu...”.
2. Jesus Cristo, Palavra do Pai: “Caminho, Verdade e Vida”. No Evangelho de João, para que melhor compreendamos a Palavra que é Ele mesmo, respondendo à pergunta de Tomé, assim se explica Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6). Há poucos dias, deixando aos frequentadores da missa da manhã a pergunta: “Quem é Jesus para você”, logo à noite recebi sugestivas e maravilhosas respostas. Alguns exemplos: “É o maior amor da minha vida;Jesus é tudo para mim, principalmente amor e misericórdia; Ele é meu grande mestre, a quem eu sigo e busco como exemplo em tudo que faço;Jesus melhor amigo e companheiro, está sempre comigo; Meu guia no agir, no falar, no andar; Minha grande inspiração; Jesus é Amor incondicional, amigo de todas as horas; Jesus é Aquele que chama....que acolhe...que escolhe. Jesus é Aquele que na Eucaristia se entrega a nós(presente), em Corpo e Sangue Verdadeiro, diariamente, renovando e cumprindo sua promessa de nunca nos abandonar; Jesus é o outro: além de estar no outro, Ele é o próprio outro: tem fome, tem sede, precisa de roupas, de abrigo, de atenção, de um abraço. Olhe com amor bem no centro dos olhos das pessoas, e encontrará Jesus. Hoje, encontrei vários 'Jesuses': amigos de trabalho, pessoas na rua, conhecidos e desconhecidos; Jesus para mim, é simplesmente tudo em minha vida. Não sei o que seria de mim, se não fosse Jesus para me guiar, proteger, iluminar, corrigir e muitas outras coisas. Tenho a mais absoluta certezade que nada nesta vida irá me afastar de Jesus, pois Ele é a minha paz, alegria e bem estar. Com Jesus, creio que não existe barreira alguma nesta vida, pois tudo é possível ao que crê em Jesus”.
Proposta: sugiro fraternalmente que durante este mês da Palavra de Deus, procuremos responder na sua vivência diária, “quem é Jesus-Palavra” para você.
3. Todos somos aquilo que ouvimos. Na moderna cultura do consumismo exagerado e do relativismo da verdade, estamos todos sujeitos às provocações da mídia publicitária, correndo o risco de nos deixar moldar por seus apelos e por filosofias ou ideologias que, normalmente, nos transformam em meros objetos desse tipo de imposição e não em protagonistas de nosso próprio destino. Caso seja verdade tal afirmação, pergunta-se: aos olhos da fé, o que somos ou o que deveríamos ser? Penso em quatro atitudes básicas:
a) acolher e encarnar a Palavra: discípulos. Assim como o Verbo do Pai, pela ação do Espírito Santo, faz-se carne em Jesus, cada um de nós que nos dizemos seus seguidores, somos chamados a assumir o diálogo iniciado por Ele, acolhendo e encarnando em nós mesmos a Palavra até “chegarmos, todos juntos, à unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude” (Ef 4,13). Sendo, assim, fiéis discípulos da Palavra, afirma São Paulo, “não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas e levados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e por eles, com astúcia, induzidos ao erro” (Ef 4,14).
b) orar a Palavra: um dos subtítulos da VD refere-se ao diálogo com Deus através das suas palavras: “A Palavra divina introduz cada um de nós no diálogo com o Senhor: o Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele. Espontaneamente o pensamento detém-se no Livro dos Salmos, onde Ele nos fornece as palavras com que podemos dirigir-nos a Ele, levar a nossa vida para o colóquio com Ele, transformando assim a própria vida num movimento para Deus. De fato, nos Salmos, encontramos articulada toda a gama de sentimentos que o homem pode ter na sua própria existência e que são sapientemente colocados diante de Deus; alegria e sofrimento, angústia e esperança, medo e perplexidade encontram lá a sua expressão”[3]. Leia-se, ainda, na mesma VD o rico parágrafo 86 sobre a “lectio divina” ou “leitura orante da Bíblia”.
c) Proclamar a Palavra: missionários do Reino. Missão fundamental de toda a Igreja é, por consequência, a missão de cada seguidor da Palavra-Jesus. O discípulo é enviado para a missão de anunciar o Reino de Deus, ou seja, proclamar que a Palavra já está no meio de nós (cf. Mt 10,7). Sabemos que “a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6,45). Estando o coração do autêntico discípulo, isto é, toda a sua vida encharcada pela Palavra, será ele, inevitavelmente, ardoroso missionário pelo testemunho de vida e pela palavra.
4. Nosso modelo de vivência da Palavra: Maria. Tenhamos nossa Mãe Maria por modelo. Ela a) ouve a Palavra: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo” (cf. Lc1,28); b) acolhe a Palavra: “Maria disse: eis aqui a serva do Senhor” (cf. Lc 1,38); c) encarna a Palavra: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (cf. Lc 1, 38). Sobre esse nosso modelo de vivência da Palavra sugiro uma leitura atenta do último parágrafo da VD sobre Maria: “Mãe do Verbo e Mãe da alegria”.[4]
A todos envio meu carinhoso abraço envolvido pela Palavra de Deus, em Jesus e no Espírito Santo,
Pe. José Gilberto BERALDO
Equipe Sacerdotal Grupo Executivo Nacional
MCC Brasil
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Carta do mês de agosto de 2013
Carta MCC Brasil – Agosto 2013 (168ª.)
Carta MCC Brasil – Agosto 2013 (168ª.)
“Ele chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois
e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros” (Mc 6,7).
“O Senhor escolheu outros setenta e dois
e enviou-os, dois a dois, à sua frente
a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir’”. (Lc 10,1).
Muito amados irmãos e irmãs, benevolentes leitores de nossas reflexões mensais:
Como fazemos todos os meses, também neste mês de agosto vamos beber, na fonte cristalina da Palavra de Deus acima, a inspiração para nossas reflexões e o estímulo e força para pô-las em prática. Dois momentos se destacam nesta Carta: o primeiro lembrando algumas palavras do Papa Francisco na Missa de Envio no último dia da Jornada Mundial da Juventude, e o segundo tratando de fazer presente a característica do mês de agosto na Igreja do Brasil, como sendo o Mês das Vocações.
1. A presença do Papa Francisco na JMJ ainda ressoa. Sem voltar a todos os pronunciamentos do Papa durante sua permanência de uma semana para a Jornada Mundial da Juventude (o que, aliás, seria impossível e, até, inoportuno, fazer aqui), tendo como pano de fundo seu próprio testemunho de vida abundantemente demonstrado nesses dias, proponho à nossa reflexão três mensagens principais, definidas por ele como 'três palavras', durante a homilias da última missa celebrada na JMJ na presença de mais de três milhões e quinhentas mil pessoas, chamada de 'Missa de Envio'.
a) Compartilhar a fé. A primeira delas falou de partilha: “A experiência desse encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história'. E continuou enfatizando ainda mais: 'Saiam às ruas, como fez Jesus'. E foi incisivo até o extremo: 'Se a Igreja não sair às ruas, ela se converte numa ONG'!
b) Combater o medo de evangelizar. A segunda mencionou o medo de evangelizar, que deve ser combatido, de acordo com o papa, em conjunto.“Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos', recomendou, ao mesmo tempo em que convocou a Igreja a apoiar os jovens.
c) “Servir” como Jesus serviu. A última etapa da mensagem foi dedicada ao 'servir'. Francisco pediu aos jovens que a vida de cada um 'se identifique com a vida de Jesus', que seria uma 'vida para os demais'. E, como já é quase uma constante em seus pronunciamentos, o Papa Francisco insistiu na “saída da Igreja para as ruas”, para as “periferias não só geográficas, mas existenciais”, isto é, para os inúmeros ambientes dos quais todos participamos.
Uma pergunta. Não podemos concluir essas considerações sem que fique, tanto para mim mesmo como para cada um dos leitores e leitoras, para os nossos Movimentos e Comunidades – e aqui faço especial referência ao Movimento de Cursilhos – uma pergunta clara e direta: Não seria este o momento mais do que oportuno para sair de nossos grupinhos mais ou menos fechados, ou da intimidade de nossas paróquias, e irmos “para as ruas” – como proclama o Papa –, para as “pequenas comunidades” tanto geográficas como “existenciais”? Por que, ao final das reuniões de nossos grupos, núcleos ou comunidades, após a tradicional indagação “o que mais me fez crescer hoje”, não acrescentamos outra pergunta ainda mais comprometedora: “a partir das minhas reflexões sobre a Bíblia, como testemunho de vida, fiz crescer as ‘periferias existenciais’ que me cercam e com as quais estou envolvido?”
2. Agosto, o mês das vocações. Cada domingo do mês e a semana subsequente referem-se a um carisma próprio do chamamento: 1ª semana – Ministérios ordenados (bispos, presbíteros e diáconos); 2ª semana – Família (particularmente os pais); 3ª semana – Consagrados e Consagradas; 4ª semana – Leigos e leigas (com seus serviços e ministérios). Com essa disposição, fica muito clara a vocação laical que abrange não somente a participação nos serviços paroquiais como, sobretudo, o envolvimento prioritário do leigo e da leiga. Nesse contexto, não só é oportuno como absolutamente necessário lembrar algumas orientações do Magistério da Igreja que, parece, até agora não foram devidamente assimiladas e postas em prática, seja pelos que deveriam ser os primeiros interessados, os próprios leigos, seja pelos muitos membros da hierarquia (a começar por muitos senhores párocos e outros sacerdotes) que vêm nos leigos apenas prestadores de serviço em suas paróquias, autêntica mão de obra gratuita! Sem falar de um inteiro Documento dedicado à “Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo” de João Paulo II, cito dois deles que deixo à reflexão dos meus leitores: “Os leigos, a quem a sua vocação específica coloca no meio do mundo e à frente de tarefas as mais variadas na ordem temporal, devem também eles, através disso mesmo, atuar uma singular forma de evangelização. A sua primeira e imediata tarefa não é a instituição e o desenvolvimento da comunidade eclesial, esse é o papel específico dos Pastores, mas sim, o pôr em prática todas as possibilidades cristãs e evangélicas escondidas, mas já presentes e operantes, nas coisas do mundo. O campo próprio da sua atividade evangelizadora é o mesmo mundo vasto e complicado da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos 'mass media' e, ainda, outras realidades abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento. Quanto mais leigos houver impregnados do Evangelho, responsáveis em relação a tais realidades e comprometidos claramente nas mesmas, competentes para as promover e conscientes de que é necessário fazer desabrochar a sua capacidade cristã muitas vezes escondida e asfixiada, tanto mais essas realidades, sem nada perder ou sacrificar do próprio coeficiente humano, mas patenteando uma dimensão transcendente para o além, não raro desconhecida, se virão a encontrar ao serviço da edificação do reino de Deus e, por conseguinte, da salvação em Jesus Cristo” (nº 70 da Exortação Apostólica A Evangelização no Mundo Contemporâneo de Paulo VI). Também o Documento de Aparecida refere-se explicitamente aos leigos e à sua vocação e missão: “Os fiéis leigos são ‘os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Eles realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo’. São “homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” (DAp 209) Mais: “Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, eles contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho. Além disso, eles têm o dever de fazer crível a fé que professam, mostrando autenticidade e coerência em sua conduta (id 210).
Concluo com um abraço fraterno a todos os meus leitores e leitoras, especialmente aos leigos e leigas, desejando que, sobretudo neste mês de agosto, quando, ao celebrarmos a Assunção de Maria, dela deveremos lembrar-nos como a primeira leiga discípula missionária de Jesus, a ser imitada por todos os seus filhos.
Pe. José Gilberto BERALDO
Equipe Sacerdotal
Grupo Executivo Nacional
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
As estigmas de Teresa Neumann - Alimenta-se somente de Eucaristia por 36 anos
Algumas imagens são apenas ilustrativas outras reais.
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A maioria dos católicos acredita que os "estigmas seriam um sinal que CRISTO sofreu durante a Paixão e o aparecimento das marcas, das feridas, na pessoa seria a reprodução desses estigmas, isto é, haveria uma configuração e "imitação de JESUS", e isso ocorreria por intercessão da "Graça Divina", da qual os que exibe estigmas sentem-se indinos... |
Na realidade, a visão católica admite o fenômeno com "milagroso" e os estigmatizados foram, em sua esmagadora maioria,considerados "santos", sendo canonizados. Assim, os estigmas são interpretados como uma "missão particular" que os "santos" e "bem-aventurados" teriam para o desenvolvimento da Igreja; é essa a opinião do Padre na Universidade de Latrão e Ateneu Pontifício Antoniano de Roma, considerado uma autoridade no assunto...
"TEMA: ALMAS VÍTIMAS" - 'LEVO NO MEU CORPO A PAIXÃO DO MEU SENHOR'
A
ESTIGMATIZADA ALEMÃ TERESA NEUMANN OS ESTIGMAS
NA VISÃO CATÓLICA – FRAGMENTOS DE UMA ENTREVISTA:
A maioria dos católicos acredita em que os estigmas seriam
um sinal
do que CRISTO sofreu durante a Paixão e o aparecimento das
marcas,
das feridas, na pessoa seria a reprodução desses estigmas, isto
é, haveria uma configuração e “imitação de
JESUS”, e isso ocorreria por
intercessão
da "Graça Divina", da qual os que exibem estigmas sentem-se
indignos...
Na realidade, a visão católica admite o fenômeno como
“milagroso”
e os estigmatizados foram, em sua esmagadora maioria,
considerados
"santos", sendo canonizados. Assim, os estigmas são
interpretados
como uma "missão particular" que os "santos" e "bem-
aventurados"
teriam para o desenvolvimento da Igreja; é essa a opinião do
Padre passionista TITO PAOLO ZECCA, professor
de Teologia pastoral
e
espiritualidade na Universidade de Latrão e Ateneu Pontifício Antoniano
de Roma, considerado uma autoridade
Quando em
setembro de 1927 o dr. Fritz Gerlich dirigiu-se para Konnersreuth para
tentar, "em nome da razão e da ciência", esclarecer o caso da
estigmatizada Teresa Neumann, viu-se diante de uma mulher de aspecto
humilde, que dali a não muito pouco tempo conseguiria dar às suas
verdades um significado mais novo e mais amplo. OS SINAIS DA
CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO, que sofria na carne com tanta nobreza, O JEJUM DE 36 ANOS e
a vasta gama DE FENÕMENOS SOBRENATURAIS ligados à sua pessoa
representavam e representam a prova física da existência de "algo" que
vai além das nossas percepções sensoriais e que desejaria abrir as
nossas consciências para uma nova certeza: A DA EXISTÊNCIA DE UM MUNDO
ESPIRITUAL QUE NÃO TEM LIMITES. Ainda mais, de que outra forma se
poderia explicar A TOTAL AUSÊNCIA DE SEDE E DE APETITE QUE CARACTERIZOU A
FIGURA DE TERESA DE KONNERSREUTH, cidadezinha do norte da Bavária, que
sempre foi motivo de vivas polêmicas?
Em julho de
1927 a Cúria de Ratisbona MANDOU QUE FOSSE FEITA uma análise cuidadosa a
fim de verificar a existência ou não de tal fenômeno. Depois de ter
apurado QUE UM INDIVÍDUO NÃO PODE SOBREVIVER POR MAIS DE 10 ou 11 DIAS
SEM COMIDA NEM ÁGUA, uma comissão médica composta de 1 psiquiatra - Dr.
Ewald, 1 médico - dr. Seidl, e quatro enfermeiras freiras, supervisionou
Teresa por um período DE QUINZE DIAS. De 2 em 2 as irmãs, sob
juramento, vigiaram ininterruptamente até o menor movimento da mulher.
FOI PROIBIDO A RESL ( NOME COM QUE SE REFERIAM A TERESA), O ACESSO AO
BANHEIRO: todas as secreções eram recolhidas e examinadas. Os médicos
fizeram análises cuidadosas das feridas e verificaram muitas vezes o seu
peso e a sua temperatura corporal. No final dos quinze dias OS MÉDICOS
DECLARARAM a autenticidade dos estigmas E CONFIRMARAM QUE nenhuma
substância tinha sido ingerida pela mulher durante o período da análise.
Dentre todos
que a conheceram, NINGUÉM ENCONTROU EM TERESA FORMA ALGUMA DE HISTERIA,
de autosugestão, ou da chamada ‘beatice’ que, de acordo com o parecer
de alguns "especialistas" seria a explicação para o aparecimento das
chagas em sangue de Cristo no corpo da mulher. Uma vez, respondendo a
uma dessas insinuações, disse Resl: "SE O SENHOR ACREDITASSE SER UM BOI, ACHA QUE LHE CRESCERIAM CHIFRES?”
(*****ACHEI GENIAL essa resposta para os céticos de todos os tempos).
Veja o que UM DESSES CÉTICOS AFIRMOU: “Consta também que o psiquiatra,
Dr. MADEYSKI, foi enviado pela "Sagrada Congregação dos Ritos" para
estudar cientificamente os fatos que ocorriam com TERESA NEUMANN
(1898-1962), de Bavária, e também outros médicos a visitaram, em 27 de
fevereiro de 1920, e a conclusão foi: "Histeria muito grave, com
cegueira e paralisia parcial" – QUE INTERESSANTE NÉ! O PEDIDO DA
BEATIFICAÇÃO PELA ARQUIDIOCESE LOCAL ALEMÃ EM 13 de Fevereiro de 2005
faz ‘CALAR’ A TODOS-Ou será que não respeitam esses a CONCLUSÃO DA
IGREJA?
Teresa de
Konnersreuth era uma jovem devota, inteligente e serena, capaz de viver
acontecimentos extraordinários, sem por isso renunciar a ser uma pessoa
como todas as outras, com as suas qualidades e os seus defeitos. POR
CERCA DE 700 VEZES REVIVEU A PAIXÃO DE CRISTO SOB A FORMA DE VISÃO E
EXPERIMENTOU NA CARNE A DOR DA FLAGELAÇÃO, DA IMPOSIÇÃO DA COROA DE
ESPINHOS, DO CAMINHO PARA O CALVÁRIO E DA CRUCIFICAÇÃO. "QUEM PODE ASSISTIR A ESTA VISÃO", disse o dr. Johannes Steiner tentando descrever a mulher durante a visão da Paixão e morte de Jesus, "teve
a imagem de um martírio perfeito e impressionante, porém sempre nobre,
comovente e composto. Ela passava as mãos pelo rosto, como que para
afastar os espinhos; os dedos das mãos se contraíam em doloroso espasmo
pelos cravos da crucificação, a língua tentava umedecer os lábios
partidos...".
NUNCA SE
OUVIU a estigmatizada se lamentar por esses ou outros sofrimentos,
SEMPRE FELIZ de poder fazer a vontade de Deus e de poder se transformar
num instrumento de exemplo ao próximo, tanto QUE DESDE MENINA MANIFESTOU
O DESEJO DE PARTIR PARA A ÁFRICA COMO MISSIONÁRIA, quando a sua ajuda
em casa não fosse mais necessária. De fato, bem cedo Teresa começou a se
ocupar dos irmãozinhos e dos afazeres domésticos e, já na idade de 13
anos, contríbuia, trabalhando, para a economia familiar. Portanto, A
JOVEM RESL foi forçada A DEIXAR OS ESTUDOS TÃO LOGO TERMINOU A
ESCOLARIDADE obrigatóna (Ensino Fundamental) e é por isso que a
facilidade com que falava corretamente grego, latim, francês e aramaico
DURANTE AS VISÕES ASSOMBROU ESPECIALISTAS como o Proº de filologia
semítica, Johannes Bauer, o orientalista e papirólogo vienense, prof.
dr. Wessely, e o arcebispo católico de Ernaculum-India, dr. Parecatill.
Os 3 concordavam em afirmar que Teresa se expnmia na língua que se
falava na antiga Palestina....
O fato é
curioso, principalmente pela sua escassa erudição escolar. QUEM ENTÃO
LHE SUSSURRAVA AS FRASES QUE PRONUNCIAVA? Quem lhe dava a força DE
SUPORTAR a dor, a faculdade DE LER OS PENSAMENTOS, a possibihdade de
viver SEM INGERIR NEM comida nem águas Perguntas essas às quais a
racionalidade humana não pode dar uma resposta. Os múltiplos e
fascinantes aspectos da vida humana e espiritual de Teresa Neumann, uma
das mais importantes figuras místicas do nosso século, nos convidam a
abrir, a despertar a nossa consciência para uma realidade que se
bastaria querer e poderia Nos Revelar O Verdadeiro Significado Da Vida.
ATÉ AQUI: (Fonte: Revista Terceiro Milênio, Ano I, Nº 1 - Novembro de
1999).
-"Você nunca come nada?"...-"Não. Somente uma hóstia consagrada, todos os dias às seis da manhã."...-"Mas não é possível que você tenha vivido somente disso por 12 anos!"..."Vivo da luz de Deus!"...-"Vejo
que você percebe que a energia flui no seu corpo..."...-Um rápido
sorriso iluminou o seu rosto."Fico muito feliz que você compreenda como
eu vivo!"... A sua santa vida é uma demonstração quotidiana da verdade
pronunciada pelo Cristo:-"NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM, MAS DE TODA PALAVRA QUE VEM DO SENHOR".
AS VISÕES:
- É indubitavelmente impressionante o espetáculo que se apresentava aos olhos de numerosas testemunhas que puderam assistir às "visões de Teresa". O sangue que saía copioso das feridas e lhe ensopava as vestes, enquanto a expressão do seu rosto testemunhava um profundo sofrimento físico e espiritual. RESL, além da dor das chagas em sangue, SOFRIA POR VER O "SALVADOR", conforme gostava de chamar Jesus, insultado e torturado, e não deixava de expressar vivamente a sua raiva. Como já se acenou anteriormente, durante os êxtases místicos ela costumava pronunciar palavras em línguas que nunca tinha tido a oportunidade de estudar. O fato assombrava sobremaneira os especialistas, dentre os quais figuravam nomes ilustres, COMO O DO PROF. WUTZ, QUE FICOU ESPANTADO COM A PALAVRA "ASCHE", QUE SIGNIFICA "TENHO SEDE".
ATÉ AQUELE
MOMENTO os estudiosos do Novo Testamento tinham sempre aplicado o termo
"SACHENA". Depois de um estudo aprofundado e de ter consultado um
considerável número de textos e de dicionários dentre os mais antigos
que conhecia, o dr. Wutz descobriu que Jesus na cruz dirigiu-se aos seus
algozes pronunciando justamente a palavra "ASCHE". "Permanece
inexplicado, comentou em seguida o dr. Wesseley, como Teresa tenha
podido pronunciar uma sentença até agora não conhecida pelos
orientalistas que a escutavam e que tenha podido usar uma palavra
aramaica que nem mesmo eles poderiam esperar, iá que absolutamente
carreta". Esse caso, que não é isolado, é UMA DAS PROVAS MAIS
CONVINCENTES QUE SUSTENTAM A NATUREZA SUPRANATURAL DAS VISÕES DE TERESA.
(DEVOTOS E CURIOSOS SE ENFILEIRAVAM PARA VER TERESA NEUMANN).
Em fevereiro
de 2005, o Bispo local Dom Gerhard Ludwig Müller anunciou oficialmente
em Konnersreuth, “a ABERTURA” de seu processo de beatificação, para
dilema de todos aqueles que a “CHAMARAM OU A CONSIDERAVAM” como
‘histérica’ e louca.
****
A ESTIGMATIZADA ALEMÃ TERESA NEUMANN(1)
1-NASCEU em
Konnersreuth, pequena cidade no norte da Bavária no dia 8 de abril de
1.898. (2)- Depois de um acidente, acontecido em 10.03.1918,aos 20 anos
de idade, FICOU CEGA e com os membros inferiores paralisados
(PARALÍTICA)...
29/04/1923, dia da beatificação de S. Teresa de Lisieux: milagrosamente VOLTOU A ENXERGAR.
Em 17/05/1925: RECUPEROU TAMBÉM o uso das pernas. Era o dia da santificação de S.Teresa de Lisieux OU STA TERESINHA DO MENINO JESUS.
Na noite
entre 1º e 2 de abril de 1926, poucos meses depois de ter sido
prodigiosamente curada de um forte ataque de apendicite, RECEBEU OS
ESTIGMAS.
Nos meses que seguiram o aparecimento das chagas em sangue, Teresa começou a não sentir mais fome nem sede. SEU JEJUM DUROU 36 ANOS PASSANDO A SE ALIMENTAR APENAS DE UMA HÓSTIA DIÁRIA.
Ela vivia em êxtase! Vertia até 2 litros de sangue num só êxtase. (no
detalhe: TERESA EM ESTADO EXTÁTICO TENDO A VISÃO DE JESUS-Nesse momento o
mundo material 'some' vendo ela somente "A VISÃO" ou "A APARIÇÃO").
No ano de
1927 uma comissão eclesiástica, com 2 médicos e 4 enfermeiras, a
examinaram durante 15 dias em cada segundo do dia... sem comer nem beber
absolutamente nada nesses 15 dias!, quando ninguém pôde viver mais que
10 dias sem beber água. (NO DETALHE A 'CONTINUAÇÃO' DO ÊXTASE).
A partir do
momento em que as feridas do Cristo crucificado apareceram em suas mãos,
pés e peito, ela não precisou mais tocar em comida e bebida:
investigações rigorosas ordenadas pela Igreja e confirmadas por médicos
estabeleceram a realidade desse estado de coisas inusitado. (AS CHAGAS
NOS PÉS- O detalhe dessa Teresa SÃO as MARCAS DEIXADAS PELOS PREGOS
IGUAIS ÀQUELAS QUE VIMOS NO FILME 'A PAIXÃO' DE MEL GIBSON - MARCAS
(quadradas no plano superior que afilavam abaixo) DOS PREGOS DA ÉPOCA)
QUANDO AS PESSOAS LHE PERGUNTAVAM DO QUE VIVIA, Tereza respondia com toda a simplicidade ‘De Deus!’, "isto é, da hóstia consagrada que recebia todos os dias”. (TERESA, POR FAVOR! MOSTRA-NOS AS CHAGAS QUE 'SOFRES POR NÓS'?)
Tinha
levitações, bilocações... e visões de Cristo que lhe falava em Aramáico,
sem ela saber tal língua, tudo gravado em fitas cassetes PARA DEVIDA
COMPROVAÇÃO. (MAIS DE PERTO TERESA! PARA QUE POSSAMOS NELAS NOS ESCONDER. SÃO AS CHAGAS ABERTAS DE CRISTO NOSSO SENHOR)
[VEREMOS A PARTIR DESTA FOTO A PAIXÃO DE CRISTO REVIVIDA POR TERESA - É A 1º PARTE] **(11)- MORREU NO MÊS DE SETEMBRO DE 1962.
[2ª PARTE DA
PAIXÃO] - (12)-Em 13Fev2005, FOI ANUNCIADO OFICIALMENTE À IMPRENSA E
POPULAÇÃO PELO CARDEAL MULLER A ‘ENTRADA’ PELA DIOCESE DO PROCESSO DE
BEATIFICAÇÃO DE TERESA NEUMANN – MAIS UMA ALMA VÍTIMA.
--
BIOGRAFIA
Teresa Neumann nasce em Konnersreuth, na Alemanha, a 8 de Abril de 1898, de uma família muito pobre e profundamente católica. Como escreve no seu diário, o seu maior desejo teria sido tornar-se missionária religiosa em África mas, infelizmente, o acidente que teve aos vinte anos impediu-a disso; de facto, em 1918 rebentou um violento incêndio numa quinta vizinha e Teresa corre de imediato para ajudar, porém no esforço de passar baldes de água para apagar as chamas, sofre uma grave lesão na espinal medula que lhe provocou a paralisia das pernas e a cegueira completa.
Teresa passava todos os seus dias em oração, mas um belo dia acontece o Milagre da sua cura na presença do Padre Naber que assim conta os factos:
"Teresa descreve a visão de uma grande luz enquanto uma voz extraordinariamente doce lhe pedia que tivesse vontade de se curar. A surpreendente resposta de Teresa foi que, tudo seria bom para ela, sarar, ficar doente, ou porventura morrer, porém que fosse feita a vontade de Deus."
A voz misteriosa diz-lhe que:
«hoje aconteceu, sim, uma pequena alegria, a cura da sua enfermidade, porém deveis sofrer ainda muito”.
Por algum tempo Teresa viveu em boas condições, mas desde 1926 tiveram início importantes experiências místicas que duraram até à sua morte: os estigmas, e o jejum completo com a Eucaristia, como sua única alimentação. O Padre Naber, que lhe dá a Comunhão dia a dia até à sua morte, escreve: «nela se completa, à letra, as palavras de Deus: “a minha carne é verdadeiro alimento e o meu sangue é verdadeira bebida”».
Teresa oferecia a Deus o seu sofrimento físico devido à perda de sangue dos estigmas, que duravam desde quinta-feira, dia do início da paixão de Jesus, a domingo, dia da sua ressurreição, para interceder a favor dos pecadores que lhe pediam ajuda. Cada vez que era chamada ao leito de um moribundo era testemunha do estado de alma que tinham depois da morte. Muitos foram os controlos e as monitorizações efectuadas sobre o jejum de Teresa por parte das autoridades eclesiásticas. Assim o jesuíta Carl Sträter, que foi encarregado pelo bispo de Ratisbonne de estudar a vida da estigmatizada confirmava: o significado do jejum de Teresa Neumann é o de demonstrar para os homens de todo o mundo o valor da Eucaristia, para que compreendam que Cristo está verdadeiramente presente na espécie do pão
e que através da Eucaristia se pode conservar também a vida física.»
VÍDEOS
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Fonte: http://www.fimdostempos.net/fotos_neumann.html
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