quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ENDURO COM CRISTO

No dia 04 de Setembro, estará acontecendo o Enduro com Cristo em Fernandópolis, o qual está sendo organizada pelo Movimento de Cursilho da Diocese de Jales-sp.
Caminhem conosco, Caminhem com Cristo, isto sim fará a nossa diferença.

domingo, 21 de agosto de 2011

27ª Romaria Diocesana - 21 de Agosto 2011
















Com muito animo cerca de 50 romeiros partiram do Estadio Municipal de Urânia com destino ao recinto da FACIP, ponto de partida da Romaria em Jales.































A primeira parada foi no Sítio Santa Maria, onde fomos muito bem recebidos pelo Srº LODISVAL e sua esposa CLEONICE.


















Parada para o café da manhã no Sítio das Palmeiras, onde fomos recebidos pelo Srº Manoel e sua irmã Srª Maria.
















Este ano tivemos uma grande participação dos jovens, que durante toda a caminhada amimaram cantando e orando com todos os participantes.
Graças a Deus o número de parcipantes vem aumentando a cada ano, muitos testemunhos e graças ocorrem, fica o convite para que todos venham participar deste grande momento de fé no próximo ano.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Se escolhi ser católico, cristão, cursilhista, escolhi também…


















(baseado nos dctos – DGC, GS,ChL)

- Ter Jesus como modelo de mestre e servidor e ser fiel a esse modelo.

- Assumir seu chamado com entusiasmo e como realização da minha vocação batismal.

- Comprometer minha vida em benefício de mais vida para meu próximo.

- Assumir corajosamente meu batismo e fazer parte da minha comunidade, atendendo com boa vontade ao que a minha Diocese sugere como prioridades.

- Buscar maturidade humana e equilíbrio psicológico.

- Com base na busca de formação crescer no equilíbrio afetivo e no senso crítico, na unidade interior, na capacidade de relações e de diálogo.

- Alimentar-me das inspirações do Espírito Santo para transmitir a mensagem com coragem, entusiasmo e ardor.

- Nutrir-me da Palavra, da oração, da Eucaristia e da devoção mariana, alimentar minha espiritualidade de modo que minha ação nasça do testemunho da minha própria vida.

- Descobrir o rosto de Deus nas pessoas, nos pobres, na comunidade, no gesto de justiça e partilha e nas realidades do mundo, ”a fé em seu conjunto deve enraizar-se na experiência humana, sem permanecer na pessoa como algo postiço ou isolado”.

- Conhecer a fé cada vez mais pois ela ilumina a existência e dialoga com a cultura.

- Abrir-me aos problemas reais e ter sensibilidade cultural, social e política.

- Ser sensível à defesa da vida e as lutas do povo.

- Cuidar com esmero da minha auto-formação, buscar preparação e estar disposto a aprender sempre mais para dar testemunho convincente de fé tendo intimidade com a Palavra de Deus e com a doutrina e a reflexão da Igreja e ajudando a melhorar a Escola Vivencial do MCC.

- Cultivar amizades, prestar atenção nas pessoas, estar atento a pequenos gestos que alimentam relacionamentos positivos. A delicadeza diária, simples, também é um anúncio do Reino de amor de Deus em nossos ambientes.

- Estar atento às mudanças que ocorrem na sociedade, à inculturação da fé no mundo de hoje é cada vez mais desafiante.

- Estar atento ao fato de que a família é o berço da evangelização, os valores nela adquiridos fecundam e abrem o coração para os caminhos da fé, a formação recebida em casa tem influência forte na maturidade da fé dos adultos, por isso estar sempre pronto a ajudar pessoas que tiveram experiências familiares menos positivas a encontrar em nossas comunidades espaço e estímulo para superar suas dificuldades.

- Cuidar do planeta, reciclar cuidadosamente o lixo, consumir o mínimo possível, cobrar dos poderes constituídos transporte coletivo de qualidade, saúde e educação pública e gratuita para todos.

- Não me negar a participar, quando convidado, de associações e conselhos que visem ao bem comum.

- Conhecer a pluralidade religiosa presente até mesmo em nossas famílias, para saber dialogar e respeitar as diferenças.

- Sentir-me pessoalmente responsável pela minha paróquia e pelo Movimento de Cursilhos de Cristandade.

De Calça Jeans e Tênis

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Oração do Bom Dia















Senhor, meu primeiro pensamento
nesta manhã que começa se dirige para Ti,
que velaste meu sono e assististe o meu despertar.
Tu moras nas alturas e habitas bem no íntimo de minha vida.
E todo esse dia é Teu.
Consagro-Te agora a jornada que começa.
Que meu trabalho seja fecundo com o orvalho do teu amor e a força da tua benção.
Em vão trabalham os homens se Tu não os ampara.
Permite que eu possa responder claramente a todos a respeito da esperança que existe em mim.
Que todos aqueles que eu encontrar possam receber uma palavra amiga de meus lábios, um gesto acolhedor de minhas mãos e uma oração sincera do meu coração. Olha na mesa dos homens pobres De que possam se alimentar para recuperar as forças e continuar a caminhada da vida.
Que hoje à noite, eu possa estar novamente Contigo, na intimidade, como alguém que reencontra um amigo, para poder dar graças pelo dia que me deste.
Obrigada por mais este dia, Senhor!


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pense bem antes de reclamar da vida!

Jesus,o Melhor Amigo!

OS FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE



     Entende-se por "fundamentos" os alicerces, as bases ou a inspiração para o carisma onde eles se assentam. Melhor, onde nascem e se desenvolvem na história. De maneira geral, os fundamentos de uma instituição – no nosso caso, de um movimento religioso – encontram-se na sua definição e nos seus respectivos desdobramentos. Para manter a fidelidade, para explicar esses fundamentos, vamos nos utilizar do texto-base do MCC, intitulado " Idéias Fundamentais do Movimento de Cursilhos de Cristandade (IFMCC)"

DEFINIÇÃO DO MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE (MCC)

   "Os Cursilhos de Cristandade são um Movimento de Igreja que, mediante um método próprio, possibilitam a vivência e a convivência do "fundamental cristão", ajudam a descobrir e a realizar a vocação pessoal, e propiciam a criação de núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes."
  1. O MCC é um Movimento Eclesial: caminha com a igreja universal, continental, nacional e diocesana no tempo e no espaço e, por isso, está comprometido com suas opções evangelizadoras, respeitados o seu carisma e seus objetivos específicos. Por isso, há necessidade de constante revisão do MCC no sentido de estar sempre em comunhão eclesial, lembrando que mais importante que qualquer Movimento é o Reino de Deus;
  2. Tem um método próprio: querigmático, vivencial, testemunhal, que o caracteriza e se aplica aos três tempos, isto é, ao PRÉ, ao CUR e ao PÓS;
  3. Possibilita ao participante a vivência do 'fundamental cristão': resposta ao Plano de Deus pela vivência na Graça e dos valores do Reino e pelo seguimento de Jesus de Nazaré;
  4. Leva é formação de núcleos de comunidades para a convivência do 'fundamental cristão' e para a fermentação evangélica dos ambientes: este é o carisma do MCC, sua característica evangelizadora própria, específica;
  5. Ajuda cada um a descobrir sua vocação (fundamentalmente cristã) e respeita essa vocação (os talentos e carismas de cada um) que deve ser colocada sempre a serviço da comunidade. 
    O MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE se alcança nos três tempos :
PRÉ, CUR e PÓS :

    Que são essenciais ao correto desenvolvimento do Movimento.

   Tão essenciais que, se um deles falhar, deixa o MCC de ser o que é. (pg.20 nro.39)

   POSTULADOS ESSENCIAIS DERIVADOS DA ESSÊNCIA E FINALIDADE DO MCC.(pg.26)

   Quanto ao MCC em geral (pg.26 nro.54)

  1. Que seja um Movimento Eclesial;
  1. Que seja vivencial;Que leve o (a) cursilhista a um encontro com Deus vivo e pessoal, consigo mesmo, com os irmãos e com o mundo;
  1. Que promova a espiritualidade cristã; 
  1. Que seja um agente com função específica na pastoral; 
  1. Que fermente de Evangelho os ambientes; 
  1. Que crie comunidade; 
  1. Que se comprometa e que comprometa. 
Quanto aos seus três tempos(pg.26 nro.55)

PRÉ-CURSILHO:

  1. Que os cadidatos para os CUR sejam, ao menos potencialmente, capazes de fermentar de Evangelho seus ambientes; 
  1. Que tenham maturidade cristã para captar a mensagem evangélica e com ela comprometer-se; 
  1. Que tenham aptidão e atitude para viver em e para a comunidade. 


CURSILHO: (pg.27)
  1. Que seja a proclamação querigmética da mensagem de Cristo, visando à vivência do Mistério Pascal;
  2. Que ajude os participantes a descobrir sua vocação pessoal para realizá-la em e para a comunidade (humana e eclesial);
  3. Que os Responsáveis – sacerdotes e leigos – sejam sinais autênticos da Igreja-Comunidade. 


PÓS-CURSILHO: (pg.27)
  1. Que seja uma ajuda para manter vivo no (na) cursilhista o espírito de uma conversão progressiva;
  2. Que esteja orientado a que os (as) cursilhistas façam de sua vida uma convivência com irmãos e irmãs, tanto na comunidade eclesial como no mundo onde devem realizar sua missão específica como leigos e leigas;
  3. Que confirmem nos (nas) cursilhistas a consciência de que devem ser fermento de Evangelho em seus ambientes;
  4. Que, embora não sendo uma associação, mas um movimento, necessita o MCC de uma organização adequada que ajude os (as) cursilhistas a engajar-se na comunidade eclesial e a vivenciar um cristianismo vivo e operativo. 


MENTALIDADE e MÉTODO DO MCC(pg.27 nro.56)
MENTALIDADE:
    É um "conjunto de manifestações de ordem mental (crenças, maneira de pensar, disposições psíquicas e morais) que caracterizam uma coletividade, uma classe de pessoas ou um indivíduo; mente, personalidade".
No caso do MCC, são os critérios e valores dos quais estamos imbuídos e com as quais aplicamos sua definição e seu método no PRÉ, no CUR e no PÓS.
"A mentalidade é a chave explicativa do MCC. Explica quem somos, por que fazemos e o que fazemos e como fazemos.
A mentalidade, portanto, é a causa das nossas origens.
Tudo o que é essencial no MCC está invadido por sua mentalidade:É ela que dá a base julgar a realidade, determina a finalidade e os paradigmas para consegui-la, os quais se concretizam no método e na estratégia".

MÉTODO:(pg.28)

    "Dentro do MCC, o método não é senão a mentalidade e a essência feitas vida, ternadas realidade. Não se trata de uma aplicação espontânea, caprichosa e acrítica, deixada à mercê do gosto pessoal ou à improvisação do momento; trata-se de uma aplicação pensada, planificada e realizada com vistas a uma maior eficácia". É, pois, inaceitável que – como infelizmente às vezes ocorre – seja o método desvirtuado, alterado e, até, agredido por opiniões pessoais de coordenadores de CUR, de GED, de sacerdotes, etc., os quais, por razões que nada têm a ver com o MCC, introduzem a seu bel prazer "novidades" que alteram substancialmente tanto a mentalidade quanto o método do MCC.

USO DOS MÉTODOS (pg;29)
NO PRÉ-CURSILHO: (pg.39)

   O PRÉ é o primeiro dos três tempos do MCC, no qual se inicia o processo evangelizador que o MCC pretende realizar, para a obtenção de sua finalidade.

São finalidades do PRÉ: (pg.42 nro.90)
  1. Esclarecer que o CUR não é uma teoria, mas uma experiência vivencial;
  2. Criar uma disposição de escuta e propiciar uma atitude de conversão integral;
  3. Despertar o desejo de se aperfeiçoar como pessoa, como cristão e como 
    participante efetivo de uma comunidade de pessoas e de cristãos.


O PRÉ compreende:


- Seleciona e estuda os grupos humanos que integram uma comunidade ou ambiente;
- Seleciona as pessoas-chave nesses ambientes a evangelizar;
-Prepara essas pessoas para que aceitem – ou peçam – espontaneamente viver a experiência de um Cursilho.
- Com "olhos de Deus", escolher os "ambientes" que mais necessitem do "fermento" dos valores do Evangelho(Evangelização inculturada). Por exemplo, ambientes ou setores da sociedade (escolas, hospitais, indústrias, bancos, comércio, política, etc.) onde reinam a discriminação, a falta de respeito, a vingança, a injustiça, etc.;
-Neles, selecionar as pessoas (ainda que afastadas da Igreja) que demonstrem maior sensibilidade a esse apelo, com interesse e coragem de ser instrumentos para que ali, naqueles ambientes, se introduzam tais valores e critérios, quer através do seu testemunho pessoal quer de uma ação comum. Convivendo no mesmo ambiente, no mesmo local de trabalho, de atividade, sentindo o impacto dos mesmos problemas, participando das mesmas situações, não será difícil para um cristão atento, descobrir essas pessoas.

    É IMPORTANTE LEMBRAR QUE, AO ESCOLHER OS CANDIDATOS, O MCC ESTÁ ESCOLHENDO "EVANGELIZADORES" PARA OS AMBIENTES E NÃO PESSOAS PARA "FAZER CURSILHO", JÁ QUE O PRÓPRIO MCC É EVANGELIZADOR E "AGENTE DE LIBERTAÇÃO".

Características e algumas qualidades dos Candidatos a serem selecionados:

  1. Com personalidade amadurecida, capacidade de decidir, de atuar com liberdade e, sobretudo, capacidade de amar;
  2. Líderes reais ou potencias, capazes de influenciar seus ambientes com suas decisões, suas posturas, seu testemunho de vida;
  3. Insatisfeitas com as circunstâncias em cujo contexto estão vivendo e com inquietude social;
  4. Aptas para viver em e para a comunidade, capazes de dar sabor como o sal, de iluminar como a luz, de transformar a massa como o fermento; por isso, capazes de criar ou fortalecer núcleos ambientais de cristãos.
Insiste-se na inconveniência de se mandar para o Cursilho pessoas: (pg.41 nro,88)

  1. Emocional ou psicologicamente desequilibradas,
  2. Imaturas,
  3. Incapazes de decisões e compromissos,
  4. Com circunstâncias irregulares de vida,
  5. Que, por um ou outro motivo, não tenham condições de receber os Sacramentos,
  6. De tal modo alienadas que não sejam capazes de captar a mensagem evangélica. 
   Em todos os casos, porém, é preciso ter em mente que Jesus veio para os pecadores e não para os justos; para os doentes e não para os sãos.
É de fundamental importância uma preparação adequada do candidato, pois dela poderão depender o seu aproveitamento e sua inserção na comunidade. Essa preparação, via de regra, deve ser feita no seu núcleo, grupo ou comunidade para onde ele voltará depois do CUR.

O PÓS-CURSILHO

 O DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE
INTRODUÇÃO(pg.47 item 96, 97, 98, 99, 100)
   "Pós-cursilho é o meio comunitário destinado a desenvolver e impulsionar a conversão e principalmente a vivência cristã iniciada no Cursilho, para fazer com que as inquietações individuais e dos grupos que ali se originam, cheguem a fermentar de Evangelho a comunidade eclesial e humana e as estruturas temporais. O que se espera do Pós-cursilho é o que se espera de qualquer leigo na Igreja: que construa a Igreja no mundo", caminho para a santidade.

   O PÓS é, pois, o tempo destinado a viver e conviver o 'fundamental cristão': praticar, individual e comunitariamente, o Seguimento de Jesus de Nazaré; anunciar com palavras e com a vida o Reino de Deus para que o mundo se converta e creia no Evangelho e, portanto, concretizar o Plano de Deus pela experiência da Graça.
   No MCC, o PÓS é, portanto, o tempo mais importante ou decisivo: é o tempo em que se desenvolve a semente da Palavra de Deus; da conversão pessoal, integral e progressiva e da evangélica ação transformadora das estruturas de pecado através da presença de cristãos que são fermento, sal e luz. É o PÓS que dá a razão de ser a todo o MCC, pois é ai que se busca realizar a sua finalidade. Sem PÓS, tornam-se quase inúteis tanto o PRÉ como o próprio CUR.

  
OBJETIVOS DO PÓS-CURSILHO

   Já se afirmou, que o MCC "cria, facilita ou sugere instrumentos e métodos adequados para promover a conversão integral das pessoas que, comprometidas com a fermentação evangélica dos ambientes, buscam organizar-se em núcleos dinâmicos e que sejam transformadores de suas realidades".
   A essa presença e ação dá-se o nome de Evangelização dos Ambientes. Entre os objetivos do MCC, está a finalidade mediata, que é a convivência do 'fundamental cristão' em núcleos/grupos/pequenas comunidades. É através dessa mediação, que se busca concretizar a finalidade última, ou seja, própria, específica, determinante do MCC: a fermentação evangélica dos ambientes.
O PÓS tem duas dimensões em um só objetivo:
  1. A primeira faz referência , à continuidade da conversão pessoal, à satisfação do cristão que, através do PRÉ e do CUR, iniciou ou retomou o processo dinâmico da volta para a casa do Pai. O primeiro "critério de eclesialidade" de qualquer agregação dos fiéis leigos é "o primado dado á vocação" de cada cristão á santidade, manifestado "nos frutos da Graça que o Espírito Santo produz nos fiéis" como crescimento para a plenitude da vida cristã e para a perfeição na caridade. Nesse sentido, toda e qualquer agregação de fiéis leigos é chamada a ser sempre e cada vez mais instrumento de santidade na Igreja, favorecendo e encorajando "uma unidade mais íntima entre a vida prática dos membros e a própria fé". E Paulo VI afirma: "Não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do Batismo e da vida Segundo o Evangelho".
  2. A segunda é a dimensão comunitária do mesmo processo: isto é, a adequada organização dos cristãos em pequenas comunidades, grupos, ou núcleos. 
   Não se podem separar as duas dimensões, pois somente através da conjugação de ambas é que se consegue a finalidade do MCC: ser eficiente fermento dos valores evangélicos nas realidades terrestres, para transformá-las: "... o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da Mensagem que proclama, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhe são próprios".
  O MCC atua, na evangelização, através de Núcleos de Comunidades Ambientais(NCA),
"Ultréias" (caminhar com entusiasmo; ir mais além com ardor)
  Escola vivencial, Escola de Formação, Assembléias (GER, GED, GEN)
TODO O CONTEÚDO FOI EXTRAÍDO DO LIVRO:
FUNDAMENTOS DO PRÉ e PÓS CURSILHO

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

REUNIÃO MCC URÂNIA 11Ago2011


         Nosso irmão Emilio comentou sobre os tempos do MCC - Pré, Cur e Pós e foram distribuidos aos participantes material para estudo e aprofundamento.


CARTA DO ORGANISMOS MUNDIAL DOS CURSILHOS SOBRE PRÉ CURSILHO

ORGANISMO MUNDIAL DOS CURSILHOS
DE CRISTANDADE
 
Queridos amigos
      Que a paz e o amor de Nosso Senhor estejam sempre convosco! 
      I – Atualidade
O Comitê Executivo do OMCC continua a trabalhar, amorosamente e com muito entusiasmo, na preparação da IV Ultreia Mundial. Pedimos que continuem a divulgá-la nas vossas comunidades e não esqueçamos que é uma oportunidade única para poder viver e conviver o fundamental cristão com amigos de todo o mundo. É só a IV Ultreia Mundial na história do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, que está cada vez em mais países e cidades de todo o mundo. Unamo-nos neste magno evento para dar graças a Deus por este Carisma que o Espírito Santo deu ao mundo para conhecer o amor a amizade de Deus, em Jesus Cristo.
No mês de Abril, Juan Ruiz teve a oportunidade de participar num Cursilho de Cursilhos em Manágua – Nicarágua, organizado pelo Secretariado Nacional da Nicarágua. Participaram cerca de noventa cursilhistas de quatro Dioceses da Nicarágua, incluindo Monsenhor Carlos Avilés, assessor do Secretariado Nacional da Nicarágua, Monsenhor Jorge Solórzano, bispo da Diocese de Matagalpa e Monsenhor Henrique Herrera, Bispo da Diocese de Jinotega.
Como todos os Cursilhos de Cursilhos e outros encontros em que temos tido oportunidade de participar, foi um grande “Momento próximo de Cristo” o facto de poder ser testemunha, ao vivo e em direto, da simplicidade da mensagem deste maravilhoso Carisma e de como, tão natural e normalmente, viaja desde a pele até ao último rincão do coração do homem. Bendito seja Deus por nos dar este carisma e por nos dar a oportunidade de sermos seus instrumentos para o apresentar ao mundo. 
II – Estudo do Carisma: VIII Parte
Metodologia: I – PRE-CURSILHO
“Vem e vê” (Jo, 1, 46)
O Movimento dos Cursilhos é vida viva.
Não cabe numa definição. Não tem “limites” concretos em que possa ficar enquadrado, porque o agir com a liberdade dos filhos de Deus, a partir da humildade de serviços por amor de Deus, não tem “cercas” que a limitem, nem pode ser compartilhadas em formas tradicionais com “ofertas apostólicas de perfeição”, (que nunca interessam aos afastados), e muito menos “enjaulada”.
O Movimento dos Cursilhos pretende a nossa aproximação efetiva a todas as pessoas, mas especialmente a homens e mulheres que crêem que não têm fé em Jesus Cristo ou que não sabem se têm fé em Jesus Cristo, ou que não querem ter fé em Jesus Cristo. Uma efetiva aproximação nossa, nesses lugares onde os homens e as mulheres vivem a vida, para que, ali, no seu “sítio”, saibam que Deus vive e os ama. E que Jesus Cristo pode solucionar todos os problemas.
Cristo, para chegar aos homens, não se faz estrutura. Faz-se homem, pessoa, e vive a vida na rua, nos ambientes.
Os Cursilhos de Cristandade definem-se como um movimento que, mediante um método próprio de amizade, pretendem, a partir da Igreja, que as realidades do ser cristão se façam vida na singularidade, na originalidade e na criatividade de cada pessoa.
A palavra METODO deriva dos vocábulos gregos metha (mais além) eodos (caminho). Significa, literalmente, caminho ou via para chegar mais longe. Faz referência ao meio para atingir um fim. No seu significado original, esta palavra indica-nos que o caminho conduz a um lugar.
O Método dos Cursilhos, o caminho dos cursilhos para se dirigirem para a meta, é a amizade entre as pessoas. Nada mais. Não há lugar para outras “fantasias”. Fazer amigos, fazer-se (tornar-se) amigo e fazê-los amigos de Cristo.
Os Cursilhos pretendem, através da amizade, atingir o fim específico de fazer chegar a todos, especialmente aos afastados, a Boa Nova de que Deus, em Cristo, está vivo e os ama. Sugerindo a todos que façam a experiência pessoal deste anúncio. Dirigindo a todos a proposta de Filipe “Vem e vê” (Jo 1, 46). Os Cursilhos propõem fazer o caminho na companhia dos amigos.
No método dos Cursilhos de viver e gerar amizade distinguem-se três tempos, ou três elementos básicos: o Pré-cursilho, o Cursilho e o Pós-cursilho.
Estes três elementos, como planos que se estabelecem nas relações de amizade entre as pessoas, unem-se intimamente entre si, como um movimento circular. Esta circunvalação ao uníssono é provocada pelo fato de o pré-cursilho gerar o cursilho e o cursilho gerar o Pós-cursilho, e, por sua vez, o Pós-cursilho gerar o Pré-cursilho.
A união íntima do Pré-cursilho, com os outros dois elementos do Método, concretiza-se no facto do Cursilho ser a finalidade de Pré-cursilho e, por sua vez, o Pré-cursilho ser a tarefa e o objetivo do Pós-cursilho.
Cada um dos três tem igual importância, no método, sem que deva estabelecer-se nem fazer-se termo de comparação entre eles.
O PRÉ-CURSILHO é o primeiro tempo do Movimento dos Cursilhos e corresponde ao plano do nosso ambiente, ou seja, os outros. É um plano apostólico com o ÚNICO objetivo da eficácia nas almas.
Apóstolo significa enviado com uma missão e a missão apostólica do Pré-cursilho é, antes de mais, ser testemunha daquilo que se descobriu: A Boa Nova do Amor de Deus. A eficácia nas almas manifesta-se como contraposição a eficácia por obras, física ou economicamente mensurável.
Este elemento ou espaço de tempo do Método dos Cursilhos, o Pré-cursilho, compreende um processo de seleção e de preparação, com a santa intenção de que o Cursilho produza uma boa a abundante colheita. Que a colheita seja boa e abundante, depende, em primeiro lugar, dos planos do Senhor e da liberdade de cada um dos filhos de Deus. Mas é de uma importância essencial o trabalho do semeador. O semeador há-de preparar o terreno e cuidar da semente. A semente semeada só pode nascer e crescer com vitalidade se cair em terreno fértil. 
Quando se fala do Pré-cursilho, normalmente pensa-se nas pessoas que podem, que não devem ou que devem viver a experiência dos três dias do Cursilho. Mas o primeiro ponto de reflexão sobre o Pré-cursilho dirige-se às pessoas que os convidam (os padrinhos) a viver a experiência do Cursilho e ao grupo de dirigentes que servirão no Cursilho. O testemunho daquele que convida e o trabalho dos dirigentes do Cursilho são como o do semeador.
É essencialmente importante no Pré-cursilho o testemunho daqueles que os convidam (padrinhos) e a preparação dos dirigentes que o organizam. Tanto os padrinhos como os dirigentes hão-de ter uma convicção firme de que o cursilho tem por objetivo contagiar o gozo da fé. Mas sabemos que só se pode contagiar a fé que se vive, porque ninguém dá o que não tem e, além disso, “quem não está convencido, já está vencido” (Eduardo Bonnín). Essa preparação baseia-se, essencialmente, na oração e no estudo.
Um padrinho e um dirigente hão-de ser cristãos, que é tornar atual Cristo.
Um padrinho e um dirigente, se pretendem fazer cristandade, hão-de ser apóstolos. É-se apóstolo “realizando na sua vida a ânsia redentora de Cristo. Desvelando-se para Cristo viva, pela Graça, em todos”. Há-de afanar-se: “Ir dando a Cristo, desinteressadamente, tudo o que se tem, à medida que se vai tendo”. Para isso havemos de conhecer Jesus, de perto. A amizade, conhecer verdadeiramente o outro, requer proximidade. “A oração é deixar Deus falar”, repetia Eduardo Bonnín.
Os apóstolos estiveram com Jesus, ou seja partilharam a sua vida com Ele, e, assim, aprendiam não só o comportamento, mas, acima de tudo, quem Ele realmente era.
O padrinho e o dirigente de Cursilhos hão-de ter conhecimento do Evangelho, em primeiro lugar por ser ele o principal testemunho de vida e do ensinamento de Jesus Cristo. O padrinho e o dirigente de Cursilhos, hão-de, além disso, conhecer o Carisma do Movimento através do qual optamos por seguir Jesus Cristo.
Só assim, com estes conhecimentos, se poderá falar de “a” verdade dos ensinamentos que recebemos.
Com esse conhecimento poder-se-á anunciar a Boa Nova, provocando fome de Deus a todas as pessoas, especialmente aos afastados.
Com esse conhecimento poder-se-á provocar a amizade da Reunião de Grupo e da Ultreia a todas as pessoas, especialmente aos afastados.
O Grupo de Dirigentes, durante o Pré-cursilho, tem, além disso, a missão de fazer uma seleção das pessoas que podem ir ao Cursilho.
Há-de partir-se do princípio de que qualquer homem ou mulher, em circunstâncias normais, pode viver a experiência dum Cursilho. Não há lugar a qualquer discriminação, de qualquer tipo: nem de idade, nem de classe social, nem de situação, nem de profissão, nem… DE QUALQUER ESPÉCIE. O chamamento é universal. Do banquete do reino ninguém é excluído. Os bons para crescerem na sua bondade e os pecadores para que abandonem os caminhos largos e encontrem o caminho estreito que conduz à vida.
No entanto é necessário escolher sempre o melhor, porque se há-de considerar mal feito aquilo que, estando bem, pode estar melhor.
Ao selecionar as pessoas a quem convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de ter-se em conta que essa pessoa tenha personalidade para se encontrar consigo própria. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres que têm caráter e decisão, os que são vértebras e locomotivas, em linguagem de cursilhos. 
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum cursilho há-de ter-se em conta que essa pessoa se encontre em momento e circunstâncias propícias para o triplo encontro consigo próprio, com Cristo e com os irmãos. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres na situação se singularidade como pessoa. Em situação de liberdade em tempo e espaço, para manter uma relação cara a cara com Deus.
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de dizer-se-lhes a verdade, através de gestos de amizade. Por isso, e assim sendo, devem participar homens e mulheres que tenham fome de satisfazer as suas inquietações.
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de ter-se em conta que essa pessoa, uma vez vivida a mensagem do Cursilho seja apta para a comunicar aos outros. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres que tenham possibilidade de ser apóstolos.
O Pré-cursilho não deve ser um anúncio da Boa Nova como uma teoria. Não é objetivo do Pré-cursilho “levar” alguém a um Cursilho, mas levar alguém a um Cursilho para que “conheça” Jesus Cristo.
O tempo do pré-cursilho deve ser vivido, pelo padrinho e pelo dirigente, como o viveu Filipe, imediatamente a seguir a ter sido convidado por Jesus a segui-Lo. A primeira coisa que ocorreu a Filipe foi partilhar o convite recebido com seu amigo Natanael. Foi à sua procura e disse-lhe: “Encontramos Jesus”. Como Natanael não compreendia claramente, Filipe não duvida e com a garantia da amizade, toma o seu amigo pelo braço e diz-lhe: “Vem ver”. A amizade entre ambos facilitou a Natanael o seu encontro com o Filho de Deus e pôde conhecer o Amor que Ele nos tem.
      Como sempre, despedimo-nos pedindo a Nosso Senhor que nos mantenha unidos no Seu amor e amizade.
      De Colores,
      Juan Ruiz – Presidente OMCC  
      III – Um comentário do nosso Diretor Espiritual
“Fazer um amigo, ser amigo, e fazê-lo amigo de Cristo”. Ouvimos esta frase com tanta frequência que parece ser apenas um elemento rotineiro do vocabulário da gíria cursilhista. O fato de esta expressão ser um elemento constitutivo do método dos Cursilhos pode ilustrar-se com o convite de Jesus em Jo. 1, “Vinde e vede” (que teve eco na mulher samaritana, em Jo. 4) e nos dois “Filipes” (Jo 1 e Act 8).
Os dois discípulos de João, o Baptista, (que lhes tinha dito: “Olhai, aí está o Cordeiro de Deus”) não esperavam ter semelhante conversa com Jesus, pelo menos tão depressa. Jesus, sensível à sua curiosidade, convidou-os a que “venham e vejam” (Jo. 1. 39). André, impressionado por este encontro em que foi convidado a partilhar a amizade com Jesus, ele próprio convida imediatamente Simão Pedro – seu irmão – “Encontramos o Messias” (Jo 1, 41). André, efetivamente, convidou Pedro a “vir e ver”. A relação com Jesus é uma componente necessária do discipulado. A amizade é o coração da relação.
O apóstolo Filipe, depois de ter sido convidado por Jesus para a amizade e o discipulado (Jo 1, 43) e consciente das esperanças que o seu amigo Natanael tem no Messias, afirmou com emoção: “Encontramos aquele de quem falou Moisés…” (Jo 1, 45). Em resposta à sarcástica reação de Natanael, Filipe, sem titubear, convida-o a que “venha e veja” (Jo 1, 46). O convite de Jesus à amizade e ao discipulado foi ganhando impulso. Jesus amou-os tal como eram, mas pediu-lhes, através da amizade, que fossem mais! A comunhão de Jesus com o Pai foi dando os seus frutos pois ia “estudando o seu ambiente”, o seu “metro quadrado móvel”, na seleção, convite e preparação dos seus “candidatos”. Depois, dá-lhes a possibilidade de fazerem o mesmo.
Ao longo do seu ministério, Jesus procurou os “estranhos”, os “afastados” (os isolados, os marginalizados, os “mal instruídos na sua fé”) que vivam na periferia da vida social e religiosa. Jesus, olhando para além do estado evidente de pecado da mulher samaritana (o poço de Jacob era o lugar onde as mulheres procuravam viajantes) viu nela um “diamante em bruto”. (Transpondo para o mundo de hoje, seria uma paragem de caminhões junto dum pinhal). A disposição amorosa de Jesus leva-O a superar o conhecimento dos seus pecados. Ao ser reconhecida como pessoa, ela convida os habitantes da cidade a que “venham e vejam” (Jo 4, 29). Impressionados com a conversão da mulher, “muitos samaritanos creram em Jesus pela força das palavras de testemunho da mulher” (Jo 4, 39). A “afastada” tinha-se convertido em “apóstola” que convida. Tendo tido o seu próprio encontro, também eles estão dispostos a voltar para evangelizar à sua volta. “ A nossa fé já não depende das palavras dela. Nós próprios ouvimos” (Jo 4, 42).
Filipe, o diácono, é outro exemplo esclarecedor de “Pré-cursilho” em ação (ainda que não seja modelo de Pós-cursilho pelas razões que são evidentes em Act 8, 39). O meu próprio padrinho, Bill, “falou a Deus do homem…” e foi obediente à resposta à sua oração “a quem me vai enviar?” Se não fosse por fidelidade ao (apelo do) Senhor para convidar um “afastado” – eu – depois de muita oração, eu não seria hoje nem cursilhista nem sacerdote.
Também Filipe foi obediente ao anjo que o convidou a tomar o caminho de Jerusalém para Gaza (Act 8, 26) e ao Espírito que lhe disse “aproxima-te desse c carro” (Act 8, 29). Filipe consegue discernir a inquietação e a sensação de não entender que o Etíope sentia (Act 8, 30-31) e estabeleceu amizade com o homem (Act 8, 31), e partilha o que ele, Filipe, descobriu (Act 8, 35). Porque Filipe respeitou a liberdade do “candidato” o Espírito atuou nele para que solicitasse que “aprofundasse mais” (Act 8, 37). Podemos supor que o Etíope, ao regressar a sua casa, convida outros a descobrir o que ele tinha descoberto.
As três fases do Movimento dos Cursilhos desenrolam-se com a finalidade de promover e facilitar a amizade através dos “três encontros” – (consigo próprio, com Deus e com os outros. O êxito do Pré-cursilho implica um Pós-cursilho saudável. O acompanhamento em amizade não termina com os três dias do Cursilho. Caso contrário, isso seria uma prova de que a amizade era superficial e tinha sido instrumentalizada. Usar a amizade para aumentar a “quantidade de ocupantes” daqueles a quem patrocinamos seria uma destruição e uma desvalorização da qualidade da amizade. É necessário recordar também que “amizades micro ondas” são muito deficientes. A amizade é uma viagem que deve evoluir naturalmente. Não há nenhum calendário para a amizade – já que pode levar anos a “dar fruto”.
As relações interpessoais são a essência da vida cristã. Com explicou Juan Ruiz, o método dos Cursilhos mantém-nos fiéis à nossa identidade, ao nosso carisma, e leva-nos mais longe na viagem, como ouvimos na canção “Somos um povo que caminha…”
Michael Schooyans, da Academia Pontifícia para a Vida, disse: “Não somos nós próprios sem que outros nos ajudem a abrirmo-nos a nós próprios. Sem uma comunidade de amigos, o encontro consigo próprio, necessário para os outros encontros, seria empobrecido.
Na próxima noite (em relação ao momento de redigir este texto), daremos as boas-vindas ao nosso Bispo Auxiliar D. Filipe Estévez, que vem administrar o sacramento da Confirmação na nossa paróquia – São João, o Apóstolo. Ao “esmiuçar” a palavra “confirmação”, damo-nos conta do prefixo “com” que denota comunidade, e a raiz “firme”, que indica a força. A nossa capacidade de testemunho da nossa amizade com o Senhor fortalece-se, com, em, e através da comunidade. As relações são de suma importância. O Cursilho é um método particular, que nos convida, através da amizade, ao discipulado.
O que acompanha um candidato como padrinho, na Iniciação Cristã de Adultos, também devia ser um beneficiário da dinâmica do processo, no desafio de ser mais autêntico, como amigo e como discípulo. A Quaresma, que se incrementou historicamente como um retiro para o “eleito”, chama-nos a uma comunidade de fé, através da oração e do jejum, para crescer em solidariedade com os que se vão iniciar nos sacramentos. O resultado secundário desta solidariedade é que nós próprios somos confrontados com o desafio de ser mais autênticos na renovação das promessas do baptismo.
O Pré-cursilho tem paralelismo com a Quaresma. À medida que acompanhamos os nossos candidatos na amizade, como padrinhos, também nós somos renovados na nossa capacidade para crescer no aprofundamento de cada um dos três encontros. O apadrinhamento deve chamar-nos continuamente a uma maior capacidade de viver autenticamente como cursilhistas. O testemunho pessoal, a coerência entre o que promovemos e o que vivemos, é essencial num Cursilho. O ingrediente mais importante deste testemunho é viver em autêntica amizade com Cristo. “Já não vos chamo servos… mas chamo-vos amigos” (Jo 15,15).
Depois de ter “falado com Deus acerca da pessoa”, com que critério devemos discernir quais devem ser convidados? Creio que há duas questões fundamentais que devem ser respondidas (excluindo qualquer impedimento canonico ou eclesiástico):
1 – Esta pessoa tem, atualmente, a capacidade de descobrir e viver os três encontros?
2 – Esta pessoa tem capacidade para a amizade evangélica, a fim de “contagiar” outros com a amizade que se descobre nos três encontros?
Por último devemos recordar que a Intendência é igualmente vital para o Pré-cursilho (e para o Pós-cursilho) tal como o é para os três dias do Cursilho. Somos chamados a jejuar, rezar e sacrificar-nos pelo candidato e pela nossa vontade de acompanhar os candidatos, verdadeiramente, em sincera amizade cristã. Nós também oferecemos intendência para que a vida na comunidade de cursilhistas de verdade seja autêntico catalizador e exemplo da amizade, como se disse dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam!”.
Amizade, paciência, autenticidade, compromisso e intendência. Sem isto não há Pré-cursilho digno desse nome.
De Colores!
Pe. David Smith - Director Espiritual OMCC
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Revista Alavanca

     


 A Revista Alavanca é uma publicação trimestral do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil. É um veículo de comunicação entre os cursilhistas no Brasil e no exterior, através da qual torna-se possível o conhecimento de atividades e eventos além de notícias da Igreja Católica.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O HOMEM DE NAZARÉ

Carta mensal Pe. Beraldo - agosto de 2011

 
 

Carta Mensal agosto/2011

"Vós todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. Assim, na Igreja, Deus estabeleceu, primeiro, os apóstolos; segundo, os profetas; terceiro, os que ensinam; depois,  dons diversos: milagres, cura, beneficência, administração, diversidade de línguas. Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos fazem milagres? Todos têm dons de cura? Todos falam em línguas? Todos as interpretam? Aspirai, porém, aos dons mais elevados" (1Cor 12,27-31).

Meus sempre amados irmãos e irmãs, que formamos o corpo de Cristo, a comunidade santa e pecadora do Povo e da Família de Deus: estejam com todos vocês a graça e a paz do Senhor Jesus pela ação do Espírito Santo:

 
 

A Igreja Católica no Brasil faz do mês de agosto o Mês das Vocações. Porque, então, citar aqui essa admoestação de São Paulo aos Coríntios?  Que importância têm os dons de cada um no contexto eclesial? O que têm a ver os dons do Espírito Santo com vocação? Que atitudes assumir para corresponder fielmente ao chamado do Senhor e vivê-lo em plenitude?  Para responder a estas e outras eventuais perguntas a respeito do tema, proponho alguns pontos visando a uma breve reflexão.

 
 

1.                  Escolha, chamado e envio pelo Pai através do Filho pelo Espírito Santo.   No batismo, ao sermos enxertados na própria vida divina pela graça, somos escolhidos e articulados como membros num só corpo que, como nos ensina o Apóstolo, é o corpo de Cristo, a Igreja.  E, então, já se manifestam em cada um os dons do Espírito ou carismas que correspondem à vocação para a qual todos somos chamados: a vocação à santidade:"Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo" (Lv 11,44). E, na palavra de Jesus, ser santo é ser perfeito como o Pai: "Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48).  A vocação à santidade é compreendida, portanto, como uma escolha do Senhor e como um seu chamado a todos os batizados e não, unicamente, aos sacerdotes ou aos religiosos ou aos consagrados e consagradas. E aqueles mesmos carismas ou dons – como os chama São Paulo – ajudam-nos a tornar concreta nossa resposta à medida que os colocamos a serviço da comunidade humana e eclesial. E, como Deus concede os carismas - especiais, a cada um -, cada um deverá manifestá-los vivenciando a sua própria vocação. Escrevendo ao seu dileto filho espiritual e discípulo muito amado, Timóteo, São Paulo lembra que: "Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não em atenção às nossas obras, mas por causa do seu plano salvífico e da sua graça, que nos foi dada no Cristo Jesus antes de todos os tempos" (2Tm 1,9). 

 
 

2.                  Resposta do escolhido, vocacionado e enviado: assumir o envio.Num dos mais preciosos documentos do magistério eclesiástico do século passado, "A Evangelização no mundo contemporâneo" (EN), o Papa Paulo VI assim se expressa quanto à vocação da Igreja e de cada um dos cristãos católicos: "A Igreja sabe-o bem, ela tem consciência viva de que a palavra do Salvador, 'Eu devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus', se lhe aplica com toda a verdade. Assim, ela acrescenta de bom grado com São Paulo: "Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe"... "Ái de mim, se eu não anunciar o evangelho"... 'Nós queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja'; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição" (EN 14). E o mais recente e luminoso Documento de Aparecida insiste no caráter missionário do discípulo de Jesus e o exprime já no seu lema: Discípulos missionários de Jesus Cristo para que nEle, nossos povos tenham vida". Ora, sendo vocação e missão de toda a Igreja anunciar a Boa Notícia a toda a humanidade, para todo o católico cristão, leigo ou consagrado, para aquele no meio das duras realidades do mundo, independente de permissão ou mandato ou, até, dependência de bispos ou de sacerdotes, constitui a concretização de sua vocação laical.

 
 

3.                  A orientação de Jesus aos escolhidos, vocacionados e enviados.  Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus lhes dá orientações muito claras: "Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!" (Mt 10,6). Vivemos num tempo no qual tantos filhos e filhas da Mãe Igreja abandonam a casa paterna, aderindo a outras crenças ou ideologias, seduzidos por propostas nem sempre condizentes com os critérios e valores anunciados por Jesus no Evangelho. E o fazem, talvez, movidos pela esperança de um sucesso imediato, ou pelas facilidades de alcançar o ter e o poder, ou em busca de sonhadas facilidades ou tentando resolver, quem sabe, problemas de ordem pessoal ou familiar... (Cf.DAp 100, letra f). Por isso, nossos Pastores, também no Documento de Aparecida (DAp), lançam um apelo urgente: "A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais" (DAp 11). E, mais: "Aqui está o desafio fundamental que afrontamos: mostrar a capacidade da Igreja para promover e formar discípulos e missionários que respondam á vocação recebida e comuniquem, por toda a parte, transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo"(DAp14). É neste contexto que me permito deixar aqui uma pergunta, talvez incômoda: será que nós, vocacionados e enviados para as "ovelhas perdidas da casa de Israel"(refiro-me, sobretudo, a alguns Movimentos eclesiais que deveriam distinguir-se por sua missão de busca dos afastados da Igreja, como o Movimento de Cursilhos, por exemplo) não continuamos buscando, quase sempre, as mesmas ovelhas já bem protegidas e melhor nutridas no calor do redil, enquanto milhares e milhares estão lá fora, abandonadas, e morrendo de fome e frio?  

 
 

4.                  Desafios e riscos que esperam os escolhidos, chamados e enviados em missão. Assim como os primeiros discípulos, os de hoje somos enviados a um mundo globalizado, tanto para o bem, mas, sobretudo para o mal incalculável que é o distanciamento do Deus da vida, do seu plano de amor; globalizado numa cultura de morte e destruição dos valores fundamentais da dignidade humana, da família e da convivência entre semelhantes: "Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos" (Lc 10,3). E, talvez, um dos maiores e mais insidiosos desafios esteja, muito mais frequentes do que nos tempos de Jesus, naqueles que se apresentam camuflados: "Eis eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos" (Lc 10,3).  Nestas circunstâncias adversas à fé cristã, temos que pedir, com insistência e perseverança, o dom do Discernimento!  

 
 

5.                  Atitudes que Jesus espera dos escolhidos, chamados e enviados em missão. São aquelas atitudes derivadas da opção fundamental feita pelos que são chamados, consagrados ou leigos e leigas, para trabalhar na vinha do Senhor: "De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento" (Mt 10, 8-10). O seguimento nas pegadas do Mestre; a cruz abraçada com alegria; a renúncia constante e a oração perseverante constituem o mais seguro itinerário dos vocacionados para a sublime aventura evangelizadora!   

 
 

6.                  A recompensa reservada aos escolhidos, chamados e enviados em missão.  Simples assim: "Neste encontro com Cristo, queremos expressar a alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho" (DAp 28). E, ainda: "Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria" (DAp 29). Alegria! Alegria" Alegria!

 
 

Concluo com a presença de Maria, a primeira escolhida, chamada e enviada"Que (Maria) nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, com o fez na visita à sua prima Isabel, para que, peregrinos a caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua promessa" (DAp 553).  A todos os meus amados, deixo-lhes um carinhoso abraço fraterno no Senhor Jesus. De todos, servidor e irmão,

 
 

 
 

Pe. José Gilberto Beraldo

Equipe Sacerdotal do GEN

  

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Oração de São Paulo Apostolo


ORAÇÃO A SÃO PAULO APÓSTOLO

Ó São Paulo tu disseste: Fiz-me
tudo para todos,
para levar a todos
os povos a Boa Nova da Salvação,
desperta em mim esse ardente desejo
missionário!
Dá-me a coragem de Lançar-me
para frente,
com renovado ardor
e entrega total a Jesus Cristo, que é
o Caminho, a Verdade e a Vida.
Intercede por mim, ó grande
Apóstolo Paulo, para que seguindo
teu exemplo, eu possa dizer:
Já não sou mais eu que vivo,
pois é Cristo que vive em mim!
Faz de mim um(a) grande
apóstolo(a) e irradiador(a) do Mestre
Divino através de minha vida,
usando com amor e fé todos
os meios de comunicação.
Confio em ti, ó Santo Apóstolo Paulo.
Amém.