ORGANISMO MUNDIAL DOS CURSILHOS
DE CRISTANDADE
DE CRISTANDADE
Queridos amigos
Que a paz e o amor de Nosso Senhor estejam sempre convosco!
I – Atualidade
O Comitê Executivo do OMCC continua a trabalhar, amorosamente e com muito entusiasmo, na preparação da IV Ultreia Mundial. Pedimos que continuem a divulgá-la nas vossas comunidades e não esqueçamos que é uma oportunidade única para poder viver e conviver o fundamental cristão com amigos de todo o mundo. É só a IV Ultreia Mundial na história do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, que está cada vez em mais países e cidades de todo o mundo. Unamo-nos neste magno evento para dar graças a Deus por este Carisma que o Espírito Santo deu ao mundo para conhecer o amor a amizade de Deus, em Jesus Cristo.
No mês de Abril, Juan Ruiz teve a oportunidade de participar num Cursilho de Cursilhos em Manágua – Nicarágua, organizado pelo Secretariado Nacional da Nicarágua. Participaram cerca de noventa cursilhistas de quatro Dioceses da Nicarágua, incluindo Monsenhor Carlos Avilés, assessor do Secretariado Nacional da Nicarágua, Monsenhor Jorge Solórzano, bispo da Diocese de Matagalpa e Monsenhor Henrique Herrera, Bispo da Diocese de Jinotega.
Como todos os Cursilhos de Cursilhos e outros encontros em que temos tido oportunidade de participar, foi um grande “Momento próximo de Cristo” o facto de poder ser testemunha, ao vivo e em direto, da simplicidade da mensagem deste maravilhoso Carisma e de como, tão natural e normalmente, viaja desde a pele até ao último rincão do coração do homem. Bendito seja Deus por nos dar este carisma e por nos dar a oportunidade de sermos seus instrumentos para o apresentar ao mundo.
II – Estudo do Carisma: VIII Parte
Metodologia: I – PRE-CURSILHO
“Vem e vê” (Jo, 1, 46)
O Movimento dos Cursilhos é vida viva.
Não cabe numa definição. Não tem “limites” concretos em que possa ficar enquadrado, porque o agir com a liberdade dos filhos de Deus, a partir da humildade de serviços por amor de Deus, não tem “cercas” que a limitem, nem pode ser compartilhadas em formas tradicionais com “ofertas apostólicas de perfeição”, (que nunca interessam aos afastados), e muito menos “enjaulada”.
O Movimento dos Cursilhos pretende a nossa aproximação efetiva a todas as pessoas, mas especialmente a homens e mulheres que crêem que não têm fé em Jesus Cristo ou que não sabem se têm fé em Jesus Cristo , ou que não querem ter fé em Jesus Cristo. Uma efetiva aproximação nossa, nesses lugares onde os homens e as mulheres vivem a vida, para que, ali, no seu “sítio”, saibam que Deus vive e os ama. E que Jesus Cristo pode solucionar todos os problemas.
Cristo, para chegar aos homens, não se faz estrutura. Faz-se homem, pessoa, e vive a vida na rua, nos ambientes.
Os Cursilhos de Cristandade definem-se como um movimento que, mediante um método próprio de amizade, pretendem, a partir da Igreja, que as realidades do ser cristão se façam vida na singularidade, na originalidade e na criatividade de cada pessoa.
A palavra METODO deriva dos vocábulos gregos metha (mais além) eodos (caminho). Significa, literalmente, caminho ou via para chegar mais longe. Faz referência ao meio para atingir um fim. No seu significado original, esta palavra indica-nos que o caminho conduz a um lugar.
O Método dos Cursilhos, o caminho dos cursilhos para se dirigirem para a meta, é a amizade entre as pessoas. Nada mais. Não há lugar para outras “fantasias”. Fazer amigos, fazer-se (tornar-se) amigo e fazê-los amigos de Cristo.
Os Cursilhos pretendem, através da amizade, atingir o fim específico de fazer chegar a todos, especialmente aos afastados, a Boa Nova de que Deus, em Cristo, está vivo e os ama. Sugerindo a todos que façam a experiência pessoal deste anúncio. Dirigindo a todos a proposta de Filipe “Vem e vê” (Jo 1, 46). Os Cursilhos propõem fazer o caminho na companhia dos amigos.
No método dos Cursilhos de viver e gerar amizade distinguem-se três tempos, ou três elementos básicos: o Pré-cursilho, o Cursilho e o Pós-cursilho.
Estes três elementos, como planos que se estabelecem nas relações de amizade entre as pessoas, unem-se intimamente entre si, como um movimento circular. Esta circunvalação ao uníssono é provocada pelo fato de o pré-cursilho gerar o cursilho e o cursilho gerar o Pós-cursilho, e, por sua vez, o Pós-cursilho gerar o Pré-cursilho.
A união íntima do Pré-cursilho, com os outros dois elementos do Método, concretiza-se no facto do Cursilho ser a finalidade de Pré-cursilho e, por sua vez, o Pré-cursilho ser a tarefa e o objetivo do Pós-cursilho.
Cada um dos três tem igual importância, no método, sem que deva estabelecer-se nem fazer-se termo de comparação entre eles.
O PRÉ-CURSILHO é o primeiro tempo do Movimento dos Cursilhos e corresponde ao plano do nosso ambiente, ou seja, os outros. É um plano apostólico com o ÚNICO objetivo da eficácia nas almas.
Apóstolo significa enviado com uma missão e a missão apostólica do Pré-cursilho é, antes de mais, ser testemunha daquilo que se descobriu: A Boa Nova do Amor de Deus. A eficácia nas almas manifesta-se como contraposição a eficácia por obras, física ou economicamente mensurável.
Este elemento ou espaço de tempo do Método dos Cursilhos, o Pré-cursilho, compreende um processo de seleção e de preparação, com a santa intenção de que o Cursilho produza uma boa a abundante colheita. Que a colheita seja boa e abundante, depende, em primeiro lugar, dos planos do Senhor e da liberdade de cada um dos filhos de Deus. Mas é de uma importância essencial o trabalho do semeador. O semeador há-de preparar o terreno e cuidar da semente. A semente semeada só pode nascer e crescer com vitalidade se cair em terreno fértil.
Quando se fala do Pré-cursilho, normalmente pensa-se nas pessoas que podem, que não devem ou que devem viver a experiência dos três dias do Cursilho. Mas o primeiro ponto de reflexão sobre o Pré-cursilho dirige-se às pessoas que os convidam (os padrinhos) a viver a experiência do Cursilho e ao grupo de dirigentes que servirão no Cursilho. O testemunho daquele que convida e o trabalho dos dirigentes do Cursilho são como o do semeador.
É essencialmente importante no Pré-cursilho o testemunho daqueles que os convidam (padrinhos) e a preparação dos dirigentes que o organizam. Tanto os padrinhos como os dirigentes hão-de ter uma convicção firme de que o cursilho tem por objetivo contagiar o gozo da fé. Mas sabemos que só se pode contagiar a fé que se vive, porque ninguém dá o que não tem e, além disso, “quem não está convencido, já está vencido” (Eduardo Bonnín). Essa preparação baseia-se, essencialmente, na oração e no estudo.
Um padrinho e um dirigente hão-de ser cristãos, que é tornar atual Cristo.
Um padrinho e um dirigente, se pretendem fazer cristandade, hão-de ser apóstolos. É-se apóstolo “realizando na sua vida a ânsia redentora de Cristo. Desvelando-se para Cristo viva, pela Graça, em todos”. Há-de afanar-se: “Ir dando a Cristo, desinteressadamente, tudo o que se tem, à medida que se vai tendo”. Para isso havemos de conhecer Jesus, de perto. A amizade, conhecer verdadeiramente o outro, requer proximidade. “A oração é deixar Deus falar”, repetia Eduardo Bonnín.
Os apóstolos estiveram com Jesus, ou seja partilharam a sua vida com Ele, e, assim, aprendiam não só o comportamento, mas, acima de tudo, quem Ele realmente era.
O padrinho e o dirigente de Cursilhos hão-de ter conhecimento do Evangelho, em primeiro lugar por ser ele o principal testemunho de vida e do ensinamento de Jesus Cristo. O padrinho e o dirigente de Cursilhos, hão-de, além disso, conhecer o Carisma do Movimento através do qual optamos por seguir Jesus Cristo.
Só assim, com estes conhecimentos, se poderá falar de “a” verdade dos ensinamentos que recebemos.
Com esse conhecimento poder-se-á anunciar a Boa Nova, provocando fome de Deus a todas as pessoas, especialmente aos afastados.
Com esse conhecimento poder-se-á provocar a amizade da Reunião de Grupo e da Ultreia a todas as pessoas, especialmente aos afastados.
O Grupo de Dirigentes, durante o Pré-cursilho, tem, além disso, a missão de fazer uma seleção das pessoas que podem ir ao Cursilho.
Há-de partir-se do princípio de que qualquer homem ou mulher, em circunstâncias normais, pode viver a experiência dum Cursilho. Não há lugar a qualquer discriminação, de qualquer tipo: nem de idade, nem de classe social, nem de situação, nem de profissão, nem… DE QUALQUER ESPÉCIE. O chamamento é universal. Do banquete do reino ninguém é excluído. Os bons para crescerem na sua bondade e os pecadores para que abandonem os caminhos largos e encontrem o caminho estreito que conduz à vida.
No entanto é necessário escolher sempre o melhor, porque se há-de considerar mal feito aquilo que, estando bem, pode estar melhor.
Ao selecionar as pessoas a quem convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de ter-se em conta que essa pessoa tenha personalidade para se encontrar consigo própria. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres que têm caráter e decisão, os que são vértebras e locomotivas, em linguagem de cursilhos.
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum cursilho há-de ter-se em conta que essa pessoa se encontre em momento e circunstâncias propícias para o triplo encontro consigo próprio, com Cristo e com os irmãos. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres na situação se singularidade como pessoa. Em situação de liberdade em tempo e espaço, para manter uma relação cara a cara com Deus.
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de dizer-se-lhes a verdade, através de gestos de amizade. Por isso, e assim sendo, devem participar homens e mulheres que tenham fome de satisfazer as suas inquietações.
Ao selecionar as pessoas a convidar para viver os três dias dum Cursilho, há-de ter-se em conta que essa pessoa, uma vez vivida a mensagem do Cursilho seja apta para a comunicar aos outros. Por isso, e assim sendo, devem participar os homens e mulheres que tenham possibilidade de ser apóstolos.
O Pré-cursilho não deve ser um anúncio da Boa Nova como uma teoria. Não é objetivo do Pré-cursilho “levar” alguém a um Cursilho, mas levar alguém a um Cursilho para que “conheça” Jesus Cristo.
O tempo do pré-cursilho deve ser vivido, pelo padrinho e pelo dirigente, como o viveu Filipe, imediatamente a seguir a ter sido convidado por Jesus a segui-Lo. A primeira coisa que ocorreu a Filipe foi partilhar o convite recebido com seu amigo Natanael. Foi à sua procura e disse-lhe: “Encontramos Jesus”. Como Natanael não compreendia claramente, Filipe não duvida e com a garantia da amizade, toma o seu amigo pelo braço e diz-lhe: “Vem ver”. A amizade entre ambos facilitou a Natanael o seu encontro com o Filho de Deus e pôde conhecer o Amor que Ele nos tem.
Como sempre, despedimo-nos pedindo a Nosso Senhor que nos mantenha unidos no Seu amor e amizade.
De Colores,
Juan Ruiz – Presidente OMCC
III – Um comentário do nosso Diretor Espiritual
“Fazer um amigo, ser amigo, e fazê-lo amigo de Cristo”. Ouvimos esta frase com tanta frequência que parece ser apenas um elemento rotineiro do vocabulário da gíria cursilhista. O fato de esta expressão ser um elemento constitutivo do método dos Cursilhos pode ilustrar-se com o convite de Jesus em Jo. 1, “Vinde e vede” (que teve eco na mulher samaritana, em Jo. 4) e nos dois “Filipes” (Jo 1 e Act 8).
Os dois discípulos de João, o Baptista, (que lhes tinha dito: “Olhai, aí está o Cordeiro de Deus”) não esperavam ter semelhante conversa com Jesus, pelo menos tão depressa. Jesus, sensível à sua curiosidade, convidou-os a que “venham e vejam” (Jo. 1. 39). André, impressionado por este encontro em que foi convidado a partilhar a amizade com Jesus, ele próprio convida imediatamente Simão Pedro – seu irmão – “Encontramos o Messias” (Jo 1, 41). André, efetivamente, convidou Pedro a “vir e ver”. A relação com Jesus é uma componente necessária do discipulado. A amizade é o coração da relação.
O apóstolo Filipe, depois de ter sido convidado por Jesus para a amizade e o discipulado (Jo 1, 43) e consciente das esperanças que o seu amigo Natanael tem no Messias, afirmou com emoção: “Encontramos aquele de quem falou Moisés…” (Jo 1, 45). Em resposta à sarcástica reação de Natanael, Filipe, sem titubear, convida-o a que “venha e veja” (Jo 1, 46). O convite de Jesus à amizade e ao discipulado foi ganhando impulso. Jesus amou-os tal como eram, mas pediu-lhes, através da amizade, que fossem mais! A comunhão de Jesus com o Pai foi dando os seus frutos pois ia “estudando o seu ambiente”, o seu “metro quadrado móvel”, na seleção, convite e preparação dos seus “candidatos”. Depois, dá-lhes a possibilidade de fazerem o mesmo.
Ao longo do seu ministério, Jesus procurou os “estranhos”, os “afastados” (os isolados, os marginalizados, os “mal instruídos na sua fé”) que vivam na periferia da vida social e religiosa. Jesus, olhando para além do estado evidente de pecado da mulher samaritana (o poço de Jacob era o lugar onde as mulheres procuravam viajantes) viu nela um “diamante em bruto”. (Transpondo para o mundo de hoje, seria uma paragem de caminhões junto dum pinhal). A disposição amorosa de Jesus leva-O a superar o conhecimento dos seus pecados. Ao ser reconhecida como pessoa, ela convida os habitantes da cidade a que “venham e vejam” (Jo 4, 29). Impressionados com a conversão da mulher, “muitos samaritanos creram em Jesus pela força das palavras de testemunho da mulher” (Jo 4, 39). A “afastada” tinha-se convertido em “apóstola” que convida. Tendo tido o seu próprio encontro, também eles estão dispostos a voltar para evangelizar à sua volta. “ A nossa fé já não depende das palavras dela. Nós próprios ouvimos” (Jo 4, 42).
Filipe, o diácono, é outro exemplo esclarecedor de “Pré-cursilho” em ação (ainda que não seja modelo de Pós-cursilho pelas razões que são evidentes em Act 8, 39). O meu próprio padrinho, Bill, “falou a Deus do homem…” e foi obediente à resposta à sua oração “a quem me vai enviar?” Se não fosse por fidelidade ao (apelo do) Senhor para convidar um “afastado” – eu – depois de muita oração, eu não seria hoje nem cursilhista nem sacerdote.
Também Filipe foi obediente ao anjo que o convidou a tomar o caminho de Jerusalém para Gaza (Act 8, 26) e ao Espírito que lhe disse “aproxima-te desse c carro” (Act 8, 29). Filipe consegue discernir a inquietação e a sensação de não entender que o Etíope sentia (Act 8, 30-31) e estabeleceu amizade com o homem (Act 8, 31), e partilha o que ele, Filipe, descobriu (Act 8, 35). Porque Filipe respeitou a liberdade do “candidato” o Espírito atuou nele para que solicitasse que “aprofundasse mais” (Act 8, 37). Podemos supor que o Etíope, ao regressar a sua casa, convida outros a descobrir o que ele tinha descoberto.
As três fases do Movimento dos Cursilhos desenrolam-se com a finalidade de promover e facilitar a amizade através dos “três encontros” – (consigo próprio, com Deus e com os outros. O êxito do Pré-cursilho implica um Pós-cursilho saudável. O acompanhamento em amizade não termina com os três dias do Cursilho. Caso contrário, isso seria uma prova de que a amizade era superficial e tinha sido instrumentalizada. Usar a amizade para aumentar a “quantidade de ocupantes” daqueles a quem patrocinamos seria uma destruição e uma desvalorização da qualidade da amizade. É necessário recordar também que “amizades micro ondas” são muito deficientes. A amizade é uma viagem que deve evoluir naturalmente. Não há nenhum calendário para a amizade – já que pode levar anos a “dar fruto”.
As relações interpessoais são a essência da vida cristã. Com explicou Juan Ruiz, o método dos Cursilhos mantém-nos fiéis à nossa identidade, ao nosso carisma, e leva-nos mais longe na viagem, como ouvimos na canção “Somos um povo que caminha…”
Michael Schooyans, da Academia Pontifícia para a Vida, disse: “Não somos nós próprios sem que outros nos ajudem a abrirmo-nos a nós próprios. Sem uma comunidade de amigos, o encontro consigo próprio, necessário para os outros encontros, seria empobrecido.
Na próxima noite (em relação ao momento de redigir este texto), daremos as boas-vindas ao nosso Bispo Auxiliar D. Filipe Estévez, que vem administrar o sacramento da Confirmação na nossa paróquia – São João, o Apóstolo. Ao “esmiuçar” a palavra “confirmação”, damo-nos conta do prefixo “com” que denota comunidade, e a raiz “firme”, que indica a força. A nossa capacidade de testemunho da nossa amizade com o Senhor fortalece-se, com, em, e através da comunidade. As relações são de suma importância. O Cursilho é um método particular, que nos convida, através da amizade, ao discipulado.
O que acompanha um candidato como padrinho, na Iniciação Cristã de Adultos, também devia ser um beneficiário da dinâmica do processo, no desafio de ser mais autêntico, como amigo e como discípulo. A Quaresma, que se incrementou historicamente como um retiro para o “eleito”, chama-nos a uma comunidade de fé, através da oração e do jejum, para crescer em solidariedade com os que se vão iniciar nos sacramentos. O resultado secundário desta solidariedade é que nós próprios somos confrontados com o desafio de ser mais autênticos na renovação das promessas do baptismo.
O Pré-cursilho tem paralelismo com a Quaresma. À medida que acompanhamos os nossos candidatos na amizade, como padrinhos, também nós somos renovados na nossa capacidade para crescer no aprofundamento de cada um dos três encontros. O apadrinhamento deve chamar-nos continuamente a uma maior capacidade de viver autenticamente como cursilhistas. O testemunho pessoal, a coerência entre o que promovemos e o que vivemos, é essencial num Cursilho. O ingrediente mais importante deste testemunho é viver em autêntica amizade com Cristo. “Já não vos chamo servos… mas chamo-vos amigos” (Jo 15,15).
Depois de ter “falado com Deus acerca da pessoa”, com que critério devemos discernir quais devem ser convidados? Creio que há duas questões fundamentais que devem ser respondidas (excluindo qualquer impedimento canonico ou eclesiástico):
1 – Esta pessoa tem, atualmente, a capacidade de descobrir e viver os três encontros?
2 – Esta pessoa tem capacidade para a amizade evangélica, a fim de “contagiar” outros com a amizade que se descobre nos três encontros?
Por último devemos recordar que a Intendência é igualmente vital para o Pré-cursilho (e para o Pós-cursilho) tal como o é para os três dias do Cursilho. Somos chamados a jejuar, rezar e sacrificar-nos pelo candidato e pela nossa vontade de acompanhar os candidatos, verdadeiramente, em sincera amizade cristã. Nós também oferecemos intendência para que a vida na comunidade de cursilhistas de verdade seja autêntico catalizador e exemplo da amizade, como se disse dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam!”.
Amizade, paciência, autenticidade, compromisso e intendência. Sem isto não há Pré-cursilho digno desse nome.
De Colores!
Pe. David Smith - Director Espiritual OMCC
Como contribuição a matéria acima, convido a uma reflexão sobre o ESTATUTO DO MCC NO BRASIL:
ResponderExcluirArt. 5º -Para alcançar sua finalidade o MCC tem um método próprio, que se concretiza em três tempos ou etapas:
I. O pré-cursilho (PRÉ) no qual se faz:
a) a busca das áreas ou dos ambientes a serem evangelizados; ouvidas e respeitadas as Diretrizes Pastorais Diocesanas;
b) a escolha e a preparação dos líderes desses ambientes.